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Ibovespa (IBOV) abre em queda, com Oriente Médio no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (15)

15 abr 2024, 10:15 - atualizado em 15 abr 2024, 10:17
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Conflito no Oriente Médio, Petrobras e meta fiscal podem abalar o Ibovespa neste início de semana (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (15) em queda, recuando 0,24%, a 125.647  pontos, por volta das 10h10.

Na sexta-feira (12), o índice fechou em forte baixa, acompanhando o ritmo negativo de Wall Street. As ações de maior peso, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4), não ajudaram.

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Para hoje, os mercados estão de olho nos desdobramentos da tensão no Oriente Médio, devido à preocupação com o impacto no petróleo.



O dólar recuava ligeiramente frente ao real nesta segunda, perdendo fôlego após saltar na semana passada, conforme investidores realizavam lucros.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta segunda (15)

Tensão no Oriente Médio faz barulho, mas não assusta bolsas

O final de semana foi marcado pela tensão no Oriente Médio: o Irã lançou um ataque com mais de 300 drones e mísseis contra Israel. As informações do exército israelense são que 99% do ataque foi interceptado.

Mas, apesar do susto, o mercado não se abalou. A preocupação era de como a escalada da tensão impactaria o mercado de petróleo, já que uma guerra no Oriente Médio atinge os maiores produtores da commodity.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destaca que os mercados mostram-se relativamente estáveis após os eventos no Oriente Médio.

“Essa calma pode parecer estranha, mas é típico dos mercados não ponderarem completamente os riscos extremos. O Irã declarou que considera o caso encerrado, e o presidente dos EUA, Joe Biden, apelou à moderação”, explica.

Além disso, ele aponta que a semana segue carregada de outros eventos relevantes, com a temporada de resultados nos EUA, aproximação do halving do Bitcoin em 20 de abril e novos dados do mercado de trabalho americano.

AGU recorre de afastamento de Pietro Mendes do conselho da Petrobras (PETR4)

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um recurso ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região pedindo a suspensão de decisão judicial que afastou do cargo o então presidente do conselho de administração da Petrobras (PETR3PETR4), Pietro Sampaio Mendes, por suposto conflito de interesse.

No recurso — um agravo de instrumento — o advogado da União e coordenador da Coordenação Regional de Serviço Público (Coresp) Artur Soares de Castro argumenta que a manutenção da decisão poderá acarretar lesão irreparável ou de difícil reparação.

Spiess pondera que caso a AGU não consiga reverter a decisão que afastou Pietro Mendes do cargo, um presidente interino deverá ser eleito.

“Há um receio por parte da ala política de uma possível derrota na votação sobre a distribuição integral dos dividendos extraordinários aos acionistas minoritários, o que seria benéfico para a ação”, explica.

Nova meta fiscal para 2025 deve ser apresentada

A equipe econômica deve anunciar nesta segunda-feira (15) uma mudança na meta fiscal do ano que vem.

A expectativa é de que a nova meta fiscal mire entre resultado primário zero e superávit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Trata-se de uma redução do previsto no arcabouço fiscal, de superávit de 0,5%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já vinha dando sinais de que o superávit de 0,5% estava sob ameaça. No início da semana passada, ele destacou que a meta preliminar para 2025 foi anunciada em março do ano passado e, desde então, o governo enfrentou percalços nas negociações de medidas fiscais.

Além disso, também será apresentado o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025.

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Resultados nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a temporada de resultados corporativos continua com grandes destaques, com o banco Goldman Sachs divulgando seus resultados financeiros esta manhã, seguido por Bank of America e Morgan Stanley amanhã.

A agenda da semana conta ainda com Netflix, Johnson & Johnson, United Airlines, UnitedHealth, ASML, Prologis, Taiwan Semiconductor Manufacturing, American Express e Procter & Gamble.

“Na última sexta-feira, observamos uma queda significativa nas ações de grandes bancos, impactadas pelos resultados do primeiro trimestre que revelaram os desafios impostos pelos altos juros nos EUA, particularmente no segmento de empréstimos”, avalia o analista da Empiricus Research.

Gestora se movimenta e altera posições em Copel (CPLE6) e Wilson Sons (PORT3)

A gestora Radar alterou sua posição acionária nas companhias Copel (CPLE6) e Wilson Sons (PORT3), mostram comunicados enviados ao mercado na sexta-feira (12).

Na Copel, a gestora aumentou a participação para 66.055.900 ações ordinárias, representando 5,08% do total de papéis emitidos.

Já na Wilson Sons, a quantidade de ações ordinárias detidas pela Radar passa a totalizar 43.992.994, equivalentes a aproximadamente 9,99% do capital social.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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