Ibovespa (IBOV) abre em alta aos 129 mil pontos atento aos mercados globais; 5 coisas para saber ao investir hoje (15)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (15) em alta, acompanhando o alívio nos mercados internacionais. Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira subia 1,39%, aos 129.453,91 pontos.
O dólar à vista operava próximo da estabilidade, com leve queda de 0,14%, a R$ 5,8470, refletindo um ambiente aparentemente mais calmo nos mercados globais, apesar da atenção contínua às políticas tarifárias dos Estados Unidos.
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Radar do mercado
Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespanesta terça (15)
1 – Trégua parcial dos EUA anima mercados, mas guerra comercial persiste
Após semanas de forte volatilidade, o mercado global teve um respiro com o recuo nas taxas dos Treasuries, impulsionado por sinais de flexibilização do governo dos EUA quanto às tarifas comerciais.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o alívio veio após isenções temporárias sobre eletrônicos e possível suspensão de tarifas para veículos e autopeças importadas. No entanto, o presidente Donald Trump deixou claro que as medidas são provisórias.
O risco de novas tarifas, especialmente sobre semicondutores e produtos farmacêuticos, ainda preocupa e mantém a guerra comercial como um fator de tensão no radar dos investidores.
“O presidente fez questão de avisar que se trata apenas de uma suspensão provisória”, destacou Spiess. “O risco de abertura de novas frentes na guerra comercial segue sobre a mesa”, observa.
2 – Orçamento de 2026 reacende debate fiscal no Brasil
Embora o IGP-10 de abril tenha passado despercebido, a proposta orçamentária de 2026 chama a atenção.
O governo projeta superávit primário de 0,25% e também inclui o aumento dos precatórios, com previsão de R$ 115 bilhões em 2026 — valor que voltará ao teto de gastos em 2027. A proposta de isenção de Imposto de Renda para determinados grupos, sem detalhamento das fontes de compensação, também levanta preocupações.
Segundo o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, a estimativa de superávit primário de 0,25% apresentada pelo governo “está mais para literatura de ficção do que para planejamento econômico propriamente dito”.
Para ele, o foco dos investidores locais, por ora, segue muito mais atrelado ao cenário externo do que aos ruídos vindos de Brasília. Mas, mesmo assim, Spiess alerta que o Orçamento pode mexer com os preços dos ativos. Isso porque fantasmas fiscais antigos voltam a preocupar, principalmente os precatórios.
“O governo já prevê o pagamento de R$ 102,3 bilhões com precatórios em 2025, dos quais R$ 52,7 bilhões estão fora das regras de limite de gastos, mais um arranjo emergencial que adia, mas não resolve o problema”, afirmou o analista.
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3- Vale (VALE3) deve reportar queda na produção trimestral
A expectativa recai sobre o relatório de produção e vendas da Vale (VALE3), que será divulgado após o fechamento. A Genial Investimentos estima produção de 69 milhões de toneladas de minério de ferro no 1T25, queda de 2% na base anual. O resultado deve refletir o impacto das chuvas no Sistema Norte e a paralisação da ferrovia EFC.
4- Península zera posição no Carrefour Brasil (CRFB3)
A Península, gestora da família Diniz, vendeu toda sua participação de 4,9% no Carrefour Brasil (CRFB3), dias antes da assembleia geral de acionistas que votará a proposta de fechamento de capital da subsidiária brasileira.
O movimento pode facilitar a aprovação da operação, já que aumenta o percentual de ações em circulação (free float) e reduz resistência à proposta do controlador francês.
5 – Iguatemi (IGTI11) conclui aquisição dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista
A Iguatemi (IGTI11) concluiu a compra dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista por R$ 2,59 bilhões, reforçando sua estratégia de qualificação do portfólio com ativos premium.
A operação foi estruturada com parceiros como XP Malls, BB Premium Malls e Braz Participações. A Iguatemi investirá R$ 700 milhões diretamente, sendo R$ 490 milhões à vista e o restante em até 24 meses, com correção pelo CDI.
*Com informações de Reuters