Mercados

Ibovespa (IBOV) tenta sustentar os 128 mil pontos com Trump e China no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (16)

16 abr 2025, 10:12 - atualizado em 16 abr 2025, 10:28
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Ibovespa abre em queda com a atenção voltada para a nova crise de Donald Trump (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (16) em queda, acompanhando a nova crise de Donald Trump. Na noite de ontem (15), o presidente dos Estados Unidos proibiu a Nvidia de vender seu chip H20 à China.

Por volta das 10h14 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,53%, aos 128.564,75 pontos.



O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta quarta. Por volta das 9h07, o dólar à vista caía 0,36%, a R$ 5,8696 na venda. Na terça-feira (15), o dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a R$ 5,8909.

Radar do mercado

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quarta (16)

1 – O roteiro de 2026 já começou a ser escrito

Na terça-feira (15), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), no qual traz as principais projeções fiscais do Orçamento para 2026.

Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o documento ‘parece mais uma obra de ficção’. Isso porque, o governo sequer conseguiu mostrar como pretende entregar o resultado de 2025, quem dirá o de 2026.

“O diagnóstico não surpreende: uma combinação de receitas superestimadas com despesas subestimadas resulta em um orçamento que, no fundo, carece de credibilidade”, diz.

A peça projeta uma meta de superávit primário de 0,25% do PIB, com uma faixa de tolerância que vai de zero até 0,50% do PIB. O número apresentado só é viável porque parte de um artifício contábil: o desconto de R$ 55,1 bilhões em despesas que não entram no cálculo da meta, notadamente os precatórios. “Sem esse artifício, o quadro seria de um déficit de R$ 16,9 bilhões”, completa.

2 – China X EUA: ‘só esperando a ligação’

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a “bola está no campo da China”. Agora, começa a ficar mais claro o que será exigido para que Pequim volte à mesa de negociações.

Para Spiess, parece haver disposição para dialogar — desde que os “termos corretos” sejam oferecidos. E esses termos, ‘como era de se esperar, envolvem mais do que tarifas e tabelas’, pois, Pequim quer ver gestos concretos de boa-fé.

“A realidade é que o destino da economia global e a estabilidade dos mercados financeiros passam, em grande medida, pela capacidade das duas maiores potências mundiais de evitarem uma escalada prolongada na guerra comercial”, diz. “Trump, por ora, insiste que o primeiro movimento precisa vir da China”.

Além disso, a União Europeia já expressou frustração: há pouca clareza quanto à estratégia da Casa Branca — e menos ainda quanto aos seus objetivos finais.

Contudo, não se trata apenas de negociar; trata-se de entender com quem, de fato, se está tentando negociar. E esse, talvez, seja o obstáculo mais espinhoso do momento.

3- Vale (VALE3): Produção de minério de ferro cai 4%

A Vale (VALE3) registrou aumento de 4% nas vendas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2025, na comparação anual, totalizando 66,1 milhões de toneladas, mesmo com queda de 4% na produção, que somou 67,7 milhões de toneladas.

O resultado veio em linha com o que projetavam analistas, que citavam vendas a 66 milhões de toneladas e produção a 69 milhões de toneladas no 1T25. No after market, as ADRs negociadas em Nova York recuavam 0,4%, US$ 9,10.

A mineradora disse que o resultado do período foi garantido pela flexibilidade da cadeia logística e uso de estoques. A redução da produção de minério de ferro foi agravada por fortes chuvas, especialmente no Sistema Norte.

4- Raízen (RAIZ4): Banco Central da Noruega reduz participação na companhia

A Raízen informou o mercado que o Banco Central da Noruega (Norges Bank Investment Management) reduziu sua participação na companhia para 4,997%. O banco passa a deter 67.900.514 ações.

Essa movimentação ocorre em um momento em que a companhia passa por uma fase de reestruturação, com foco em desalavancagem. Há um mês, o Safra chegou a cortar o preço-alvo para as ações da Raízen de R$ 5,60 para R$ 2,90, mantendo sua recomendação de compra, com um potencial de alta de 70% para o papel.

Para os analistas da instituição, companhia se beneficiará de um foco mais forte em suas operações principais e de uma alocação de capital mais disciplinada, o que deve impulsionar a geração de caixa, reduzir a alavancagem e melhorar a percepção de risco ao longo do tempo.

5 – Nvidia enfrenta encargos de US$ 5,5 bilhões após EUA restringirem vendas de chips à China

A Nvidia informou que assumiria encargos de US$ 5,5 bilhões após o governo dos Estados Unidos dizer que vai exigir licenças para exportações à China de seu chip de inteligência artificial H20, um de seus mais populares.

Os chips de IA da Nvidia têm sido um dos principais focos dos controles de exportação dos EUA, com autoridades norte-americanas buscando impedir que os chips mais avançados sejam vendidos para a China. Logo após a implementação desses controles, a Nvidia começou a projetar chips que se aproximassem o máximo possível dos limites dos EUA e, ao mesmo tempo, fossem permitidos para venda na China.

O H20 é um desses chips. Companhias chinesas, incluindo Tencent, Alibaba e a controladora do TikTok, ByteDance, têm ampliado os pedidos de chips H20 devido à crescente demanda por modelos de IA de baixo custo da startup DeepSeek, conforme noticiado pela Reuters em fevereiro.

* Com informações de Reuters 

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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