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Ibovespa (IBOV) abre sem direção clara pressionado pelo balanço da Vale (VALE3); 5 coisas para saber ao investir hoje (25)

25 abr 2025, 10:14 - atualizado em 25 abr 2025, 10:14
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Ibovespa abre sem direção clara nesta sexta-feira (25). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (25) sem direção definida no patamar dos 134 mil pontos, pressionado pelo balanço da Vale (VALE3).

Por volta das 10h03 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caia 0,23%, aos 134.270,39 pontos.



O dólar à vista tinha ligeira alta ante o real nesta sexta, a caminho de fechar a semana em baixa, à medida que os investidores analisavam sinais de alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, com dados de inflação no Brasil também no radar.

Às 9h38 (horário de Brasília), o dólar subia 0,11%, a R$ 5,6995 na venda. Na semana, a moeda acumula baixa de 1,85%.

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Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta sexta-feira (25)

1 – IPCA-15: Inflação sobe 0,43% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do Brasil, subiu 0,43% em abril. O número indica uma desaceleração em relação à alta de 0,64% apurada em março.

A inflação acumula alta de 2,43% no ano e de 5,49% em doze meses. No mês passado, esses números eram de 1,99% e 5,26%, respectivamente.

O acumulado de um ano do IPCA segue acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2025. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima.

As maiores influências na leitura deste mês vieram dos grupos alimentação e bebidas, que registrou alta de 1,14% e impacto de 0,25 p.p., e saúde e cuidados pessoais, com 0,96% e 0,13 p.p.

O IPCA veio pouco acima das expectativas do mercado. A projeção era de que o índice desaceleraria para 0,42% este mês e aceleraria para 5,48% no acumulado de 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.

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2- Trump diz que presidente da China ligou e expõe planos de comércio e outros acordos em entrevista à Time

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu governo está conversando com a China para fechar um acordo tarifário e que o presidente chinês, Xi Jinping, ligou para ele, de acordo com uma entrevista à revista Time.

O presidente republicano não disse quando Xi telefonou ou o que os dois líderes discutiram, dizendo à Time: “Ele telefonou. E não acho que isso seja um sinal de fraqueza da parte dele”.

O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a declaração de Trump. Antes de os comentários de Trump serem divulgados, a China havia pedido a Washington que parasse de “enganar o público” sobre as negociações tarifárias bilaterais.

Trump acrescentou que terminará o processo de fechar acordos sobre tarifas em cerca de três ou quatro semanas. Perguntado se consideraria uma vitória se os EUA ainda tivessem tarifas de até 50% em um ano, ele disse à Time: “Vitória total”

3 – Trump critica Putin após ataque em Kiev, mas analista vê gesto como encenação diplomática

Em mais um episódio de sua retórica performática, Trump surpreendeu ao criticar publicamente Vladimir Putin após um ataque russo que matou 12 civis em Kiev, o mais letal desde julho. Em sua rede Truth Social, o presidente escreveu “Vladimir, PARE!”, num tom que, para o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, soa mais como um apelo infantil do que uma manifestação geopolítica séria.

Segundo Spiess, a crítica pontual a Putin veio acompanhada de mais ataques ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, a quem o republicano culpa por dificultar um acordo de paz por recusar-se a ceder a Crimeia à Rússia de forma permanente.

Apesar de um cessar-fogo temporário ter sido aceito pela Ucrânia no mês passado com mediação dos EUA, Putin descartou o acordo, alegando que ele ignorava as “causas profundas” do conflito. Diante do novo avanço militar russo e da estagnação diplomática, a Casa Branca estuda impor novas sanções econômicas a Moscou.

O Secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que, sem um acordo viável, os Estados Unidos poderão abandonar o papel de mediadores. Rumores sobre uma possível disposição de Washington em reconhecer a soberania russa sobre a Crimeia — hipótese já rejeitada por Zelensky — complicam ainda mais as negociações. No campo de batalha, a violência persiste, enquanto a diplomacia dá sinais de esgotamento.

4- Cenário fiscal segue no radar

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou, em entrevista à CNN Money, que o próximo relatório de receitas e despesas pode trazer algum contingenciamento; medida simbólica que, na visão de Spiess, pouco muda a realidade estrutural das contas públicas.

Tebet já sinalizou que será necessário um ajuste fiscal significativo a partir de 2027, após as eleições, o que reforça o peso da disputa presidencial de 2026. Enquanto isso, o governo Lula evita discutir cortes e segue priorizando a popularidade do presidente, mesmo em queda. Segundo Spiess, a gestão tem cancelado eventos públicos para evitar desgastes.

Na tentativa de mudar o foco do noticiário, o Planalto passou a defender a antecipação da reforma do Imposto de Renda e a polêmica PEC da Segurança. As medidas buscam desviar a atenção da proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e do novo escândalo de corrupção no INSS. A estratégia do governo, segundo o analista, é culpar a gestão anterior, apesar de os casos de descontos indevidos em benefícios terem disparado justamente entre 2023 e 2024.

5- Vale (VALE3): Lucro líquido cai 17% no 1T25, a US$ 1,4 bilhão

Vale (VALE3) registrou lucro líquido de US$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre de 2025, uma baixa de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado. Analistas esperavam por lucro líquido de US$ 1,62 bilhão, de acordo com projeções reunidas pela Bloomberg.

A companhia foi negativamente impactada por menores preços de minério de ferro e níquel, que foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas, custos unitários mais baixos no minério de ferro e melhor desempenho da Vale Base Metals.

O Ebitda ajustado da companhia recuou 9%, para US$ 3,11 bilhões, enquanto a receita líquida de vendas teve queda de 4%, a US$ 8,11 bilhões.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.

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