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Ibovespa (IBOV) abre em forte alta, digerindo IPCA-15 e PCE: 5 coisas para saber antes de investir hoje (26)

26 abr 2024, 10:20 - atualizado em 26 abr 2024, 10:20
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Ibovespa (IBOV) abre em alta, com dados econômicos do Brasil e Estados Unidos no radar (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (26) em forte alta, avançando 0,73%, a 125.553 pontos, por volta das 10h10. Na véspera, o índice fechou com um declínio modesto, conforme a queda da Vale (VALE3), na esteira de resultado trimestral abaixo das previsões do mercado, teve como contrapeso o avanço da Petrobras (PETR4).

Hoje, os mercados estão atentos à divulgação do IPCA-15, que mede a prévia da inflação no Brasil, e ao Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) nos Estados Unidos.



O dólar abriu em leve queda frente ao real nesta sexta, arrefecendo após ganho da véspera, mas com investidores ainda cautelosos antes da publicação de dados de inflação dos Estados Unidos de muita influência na política monetária.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta sexta (26)

Inflação dos EUA pode acabar de vez com planos do Fed

inflação nos Estados Unidos aumentou moderadamente em março, mas é improvável que isso altere as expectativas dos mercados financeiros de que o Federal Reserve (Fed) adiará o corte na taxa de juros até setembro.

O índice PCE de preços subiu 0,3% no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. Os dados de fevereiro não foram revisados e mostram um aumento de 0,3% do PCE.

Nos 12 meses até março, a inflação aumentou 2,7%, depois de avançar 2,5% em fevereiro. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês e 2,6% na base anual.

O índice de preços PCE é uma das medidas de inflação monitoradas pelo banco central dos EUA para sua meta de 2%. Leituras mensais de inflação de 0,2% ao longo do tempo são necessárias para levar a inflação de volta à meta.

A alta na inflação pode acabar de vez com os planos do Federal Reserve de iniciar o seu afrouxamento monetário nos próximos meses.

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, alerta que uma combinação de alta inflação e crescimento lento acende o alerta para a possibilidade de estagflação nos EUA — um cenário em que o crescimento econômico é estagnado enquanto a inflação permanece elevada, prejudicando o consumo das famílias e os lucros das empresas.

“Apesar de ainda ser um cenário improvável, ele se torna mais plausível após os recentes dados [do PIB], sugerindo juros elevados”, pondera.

Haddad ganha R$ 6 bilhões da Petrobras (PETR4) para cofres do governo

O ministro Fernando Haddad e a equipe do Ministério da Fazenda podem respirar um pouco mais aliviados quando o assunto são as contas do governo.

Ontem, a Petrobras (PETR4) aprovou o pagamento total de R$ 36 bilhões em dividendos complementares, sendo R$ 22 bilhões extraordinários.

Como o governo é o maior acionista da estatal, com 28,67% dos papéis da empresa, ele irá receber R$ 6 bilhões com essa história toda. Como esse valor não estava contabilizado nas projeções para o orçamento de 2024, é dinheiro extra entrando nos cofres públicos e ajudando com a meta de zerar o déficit fiscal.

Sobre a decisão da estatal, o analista da Guide Investimentos, Mateus Haag, pondera que impacto foi neutro, tendo em vista que o mercado já esperava pela distribuição de metade dos dividendos.

IPCA-15: Inflação sobe a 0,21% em abril; veja o que acelerou a alta no mês

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do Brasil, variou 0,21% em abril — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,36% apurada em março.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (26), o IPCA-15 já tem alta acumulada de 1,67% no ano, e 3,77% nos últimos 12 meses.

Em abril de 2023, a variação do índice havia registrado 0,57%.

Cielo tem lucro líquido recorrente de R$ 503,1 mi no 1T24

Cielo (CIEL3) encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido recorrente de R$ 503,1 milhões, um crescimento de 14,1% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, a credenciadora teve lucro 4,6% maior.

O resultado da empresa no primeiro trimestre foi o maior em cinco anos. Segundo a Cielo, o desempenho foi reflexo da melhoria do resultado financeiro, da redução de custos nos serviços prestados e também de uma maior eficiência tributária. Estes fatores foram parcialmente compensados pelos investimentos que a companhia tem feito na transformação e na expansão da força de vendas.

Multiplan (MULT3) tem lucro líquido de R$ 267 milhões no 1T24

A Multiplan (MULT3) – dona de uma rede com 20 shopping centers – teve lucro líquido de R$ 267 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 28,9% ante o mesmo período do ano passado, conforme balanço publicado na quinta-feira, 25.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 390 milhões, crescimento de 9,3% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda foi a 74,6%, baixa de 1,2 ponto porcentual.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) chegou a R$ 327,5 milhões, avanço de 25,5%, enquanto a margem FFO teve um aumento de 7,1 pontos porcentuais, para 62,5%.

A receita líquida totalizou R$ 523,6 milhões, alta de 11%. A receita com locação de espaços nos shoppings cresceu 1,3%, para R$ 374,5 milhões. A receita de estacionamentos aumentou 6,9%, chegando a R$ 68,2 milhões. Além disso, o faturamento com venda de imóveis subiu 114%, para R$ 22,2 milhões.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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