Ibovespa (IBOV) ronda estabilidade e defende patamar dos 134 mil pontos com foco em indicadores; 5 coisas para saber ao investir hoje (28)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta segunda-feira (28) praticamente estável e defende patamar dos 134 mil pontos.
Por volta das 10h03 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caia 0,02%, aos 134.766,73 pontos.
O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações de hoje, abrindo uma semana repleta de dados econômicos, à medida que os investidores continuam ponderando sobre as incertezas comerciais em meio à guerra tarifária entre Estados Unidos e China.
Às 9h58 (horário de Brasília), o dólar recuava 0,27%, a R$ 5,6680 na venda.
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Radar do mercado
Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta segunda-feira (28)
1 – Projeção para a inflação de 2025 desacelera (mais uma vez)
A projeção para a inflação de 2025 desacelerou de 5,57% para 5,55%, no Boletim Focus desta segunda-feira (28). O reajuste acontece uma semana antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontecerá nos dias 6 e 7 de maio.
Para 2026, as projeções foram reajustadas, de 4,50% para 4,51%, enquanto para 2027 foi mantida em 4,00%. Já para 2028, os economistas reduziram de 3,80% para 3,78%.
As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foram mantidas em 2,00% neste Focus. Para 2026, 2027 e 2028, o crescimento esperado para o país é de respectivos 1,70%, 2% e 2%.
Do mesmo modo, as projeções para o dólar indicam um câmbio na casa dos R$ 5,90 e R$ 5,95 em 2025 e 2026, respectivamente. Para 2027 e 2028, as apostas são de R$ 5,86 e R$ 5,85.
Em relação à Selic, os economistas mantiveram as expectativas para 2025 em 15% e para 2026 em 12,50%. Para os dois anos seguinte, as perspectivas para a taxa básica de juros são de 10,50% e 10%.
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2- EUA rouba a cena em semana de feriado
Para alguns mercados, a semana é um pouco mais curta devido ao feriado de 1º de Maio. Mas nos Estados Unidos, os próximos dias serão de dados importantes para a política monetária.
Para começar, tem uma bateria de indicadores de emprego: o Jolts e o ADP preparam as projeções para o payroll, que será divulgado na sexta-feira (2). Na semana passada, Christopher Waller, diretor do Federal Reserve, disse que a autarquia pode antecipar a queda dos juros para preservar o emprego nos EUA, dependendo do impacto das tarifas de Donald Trump no mercado de trabalho.
Mas, além disso, saem a preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) dos primeiros três meses do ano – vale lembrar que os economistas temem uma recessão na economia norte-americana, puxada pela guerra comercial – e o Índice de Preços para Despesas de Consumo Pessoal (PCE), o indicador inflacionário preferido do Fed.
Todos esses dados serão analisados de perto pelo Fed para definir o futuro da taxa de juros. A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está marcada para dia 7 de maio.
3 – Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 2,245 bilhões em março, diz BC
O Brasil registrou déficit em transações correntes menor do que o esperado em março, com investimentos diretos no país bem abaixo das expectativas, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central.
O déficit em transações correntes do Brasil ficou em US$ 2,245 bilhões em março, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$ 2,950 bilhões no mês. No mesmo período do ano anterior houve déficit de US$ 4,087 bilhões.
4- Trump cede mais que a China e aposta em populismo para conter críticas, avalia analista
Após semanas de pressão de Donald Trump para retomar as negociações com a China, o país asiático escolheu seguir em seu próprio ritmo, retirando discretamente algumas tarifas. Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o cenário mostrou que “a China não colapsou, tampouco cedeu como se previa”, contrariando a expectativa da Casa Branca.
Spiess destaca que, apesar de pequenos recuos, quem mais cedeu ao longo do conflito comercial foram os próprios Estados Unidos — e a tendência é que isso continue. “Mesmo com movimentos pontuais de recuo, a verdade é que quem mais cedeu foram os próprios EUA (continuará cedendo)”, afirmou.
Internamente, cresce o incômodo entre republicanos e democratas com a escalada protecionista. De acordo com o analista, há um movimento no Congresso para aumentar a supervisão sobre a política comercial do presidente. Diante da pressão política e da impopularidade das tarifas, Trump tenta uma manobra populista: promete usar a arrecadação obtida com a guerra comercial para cortar impostos.
Para Spiess, essa proposta remete a um modelo ultrapassado de arrecadação. “Em essência, uma tentativa rudimentar de recriar o velho modelo de arrecadação dos EUA do início do século passado”, explicou. No entanto, o mercado financeiro vê essa estratégia com desconfiança e reage de forma negativa.
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5- Eletrobras confirma desistência de Mantega de posto em conselho fiscal
A Eletrobras confirmou que Guido Mantega desistiu de ocupar uma vaga de titular no conselho fiscal da companhia, depois de ter sido indicado pelo Ministério de Minas e Energia no mês passado.
Em comunicado ao mercado divulgado no domingo, a Eletrobras afirmou que uma nova nomeação para a vaga “ocorrerá oportunamente”, conforme ofício recebido do governo.
A assembleia de acionistas que elegerá novos membros para conselhos de administração e fiscal da companhia ocorrerá na terça-feira, dia 29 de abril.
*Com informações de Reuters