Mercados

Ibovespa (IBOV) abre com leve alta e de olho no exterior; 5 coisas para saber ao investir hoje (29)

29 abr 2025, 10:10 - atualizado em 29 abr 2025, 10:10
ibovespa-ibov-acoes-fechamento
Ibovespa abre em alta nesta terça-feira (29). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (29) em leve alta de olho no exterior. Por volta das 10h03 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira subia 0,02%, aos 135.036,26 pontos.



O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta terça-feira, à medida que os investidores demonstravam cautela nas negociações enquanto reagiam a um novo alívio tarifário nos Estados Unidos e aguardavam uma série de dados da maior economia do mundo ao longo da semana.

Às 9h58 (horário de Brasília), o dólar recuava 0,03%, a R$ 5,6467 na venda.

Para hoje, saem os resultados do primeiro trimestre (1T25) do Iguatemi (IGTI11), Kepler Weber (KEPL3), Marcopolo (POMO4) e ISA Energia (ISAE4).

Radar do mercado

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta terça-feira (29)

1 – Trump completa 100 dias no poder

Nesta terça-feira (29), o segundo governo de Donald Trump completa 100 dias.

No entanto, o presidente não tem muito o que comemorar: um levantamento do instituto Ipsos aponta que o republicano tem a pior aprovação aos 100 dias de mandato em 80 anos, sendo que 55% dos entrevistados desaprovam o governo.

Quando o assunto é economia, a situação também não é boa: 73% afirmam que a economia está ruim. Já 53% afirmaram que piorou desde que Trump tomou posse, enquanto 41% dos americanos disseram que as suas finanças pessoais pioraram.

Vale lembrar que desde que voltou para a Casa Branca, Trump vem mudando as tarifas de importação para produtos do mundo inteiro e escalando uma guerra comercial direta com a China. A instabilidade gerada no início deste mandato levou às bolsas de Nova York a registrarem quedas históricas.

  • VEJA MAIS: Confira tudo o que está movimentando o agronegócio brasileiro com a cobertura especial do Agro Times; cadastre-se aqui

2- Bateria de dados americanos calibram expectativas para as taxas

Além disso, começa a bateria de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, com a divulgação do Job Openings and Labor Turnover Survey — mais conhecido como Jolts.

As projeções, segundo dados do Investing.com, apontam para uma aceleração nas aberturas de vagas em março, saltando de 7,568 milhões para 7,690 milhões.

Nos próximos dias, também saem os relatórios ADP e payroll. Esses números serão analisados de perto pelo Federal Reserve para definir o futuro da política monetária norte-americana.

3 – Trump reduzirá impacto das tarifas sobre automóveis, dizem autoridades

O governo do presidente Donald Trump tomará medidas para reduzir o impacto de suas tarifas automotivas na terça-feira, aliviando algumas taxas impostas a autopeças estrangeiras em carros fabricados no país e evitando que as tarifas sobre carros fabricados no exterior se acumulem a outras, disseram autoridades.

“O presidente Trump está construindo uma importante parceria com as montadoras nacionais e com nossos grandes trabalhadores norte-americanos”, disse o secretário de Comércio, Howard Lutnick, em um comunicado.

“Esse acordo é uma grande vitória para a política comercial do presidente, pois recompensa as empresas que fabricam no país e, ao mesmo tempo, oferece uma pista para os fabricantes que expressaram seu compromisso de investir nos Estados Unidos e expandir sua produção nacional”.

4- À espera de Galípolo

Entre os dados, o destaque foi o IGP-M de abril, que veio acima das expectativas e reforçou os sinais de pressão inflacionária. Ao mesmo tempo, investidores monitoram de perto a comunicação de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, cuja postura surpreendeu o mercado.

“Suas declarações recentes surpreenderam pela inclinação inesperadamente hawkish, destoando da comunicação mais branda que vinha sendo adotada por outros membros do Copom”, comentou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Segundo ele, o tom mais duro da autoridade monetária “puxou para cima a curva de juros de curto prazo” e reforçou a expectativa de mais uma ou duas altas.

Esse movimento acabou pressionando o câmbio: o dólar recuou para abaixo de R$ 5,65. No entanto, Spiess pondera que o comportamento da moeda ainda depende de outros fatores. “O comportamento da moeda seguirá condicionado aos próximos dados de atividade e inflação, ao quadro fiscal doméstico — ainda muito frágil — e às incertezas do cenário internacional”, disse.

Apesar dos riscos, o mercado parece confiante de que o pior do ciclo de aperto já passou. “A expectativa de que o ciclo de aperto esteja se aproximando do fim sustenta o otimismo dos investidores”, avaliou Spiess, com uma crítica à atuação do governo: “Mesmo em um ambiente em que o governo insiste em ‘acelerar’ com o freio de mão puxado, criando artificialidade na atividade e nos preços”.

5- Gerdau (GGBR4): Lucro líquido cai 39% no 1T25, a R$ 758 milhões

Gerdau (GGBR4) encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 758 milhões, resultado 39% menor em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira (28).

O Ebitda ajustado atingiu R$ 2,40 bilhões no período, queda de 14,6% na comparação anual.

O resultado ficou próximo das expectativas do mercado. Analistas consultados pela LSEG projetavam um Ebitda de R$ 2,29 bilhões para a companhia nos três primeiros meses do ano.

Segundo a companhia, o resultado foi influenciado principalmente pelos melhores desempenhos das operações na América do Norte, que compensaram a queda nos resultados das operações no Brasil.

“Mais uma vez, reforçamos a importância da diversificação geográfica da Companhia, especialmente em períodos de maior volatilidade”, disse em release de resultados.

*Com informações de Reuters 

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Quais são os destaques da Agrishow?

A maior feira do Agronegócio do país começou! Acompanhe a cobertura completa do Agro Times

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar