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Ibovespa (IBOV) abre em queda com bateria de dados dos EUA; 5 coisas para saber ao investir hoje (30)

30 abr 2025, 10:13 - atualizado em 30 abr 2025, 10:13
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Ibovespa abre em queda nesta quarta-feira (30). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (30) em queda com bateria de dados dos Estados Unidos no radar, antes do feriado de 1º de maio no Brasil.

Por volta das 10h03 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,02%, aos 135.063,23 pontos.



O dólar à vista abriu em alta nesta quarta. Às 9h58 (horário de Brasília), a moeda avançava 0,26%, a R$ 5,6350 na venda.

Do lado corporativo, o Santander (SANB11) deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões agora de manhã, e WEG (WEGE3) também já reportou seus números e, ainda hoje, saem os números da Irani (RANI3).

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Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quarta-feira (30)

1 – Mercado reage com cautela ao alívio tarifário de Trump

Os primeiros 100 dias do novo mandato de Donald Trump foram marcados por mais do mesmo: ataques ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e uma redução parcial das tarifas sobre automóveis. Apesar de não trazerem grandes novidades, os movimentos foram suficientes para impulsionar os mercados americanos — ao menos por enquanto.

“O mercado prefere reagir aos alívios temporários da Casa Branca do que aos seus impulsos destrutivos”, afirmou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. A reação positiva levou o S&P 500 e o Dow Jones a emplacarem o sexto pregão consecutivo de alta.

Ainda assim, o sentimento geral segue longe da euforia. “A cautela persiste”, destacou Spiess. Para ele, a estatística histórica pode oferecer pistas sobre o que o mercado já precificou — e o que ainda está por vir. “Desde 1897, nas 12 ocasiões em que o mercado caiu nos primeiros 100 dias de um presidente americano, o retorno médio ao longo do mandato foi de apenas 12%. Já quando houve alta no mesmo período, o retorno médio saltou para 44%”, explicou.

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2- PIB dos Estados Unidos caiu 0,3% no 1T25, mostra primeira leitura

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos (EUA) reduziu a uma taxa anualizada de 0,3% no primeiro trimestre de 2025 (1T25), mostra a primeira leitura.

O número refletiu, principalmente, o aumento das importações, que são uma subtração no cálculo do PIB, e a redução dos gastos do governo, segundo o Bureau of Economic Analysis (BEA). Esses movimentos foram parcialmente compensados ​​por aumentos no investimento, nos gastos do consumidor e nas exportações.

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para uma leve alta de 0,4%.

3 – Criação de vagas no setor privado dos EUA desacelera mais do que o esperado em abril

A criação de vagas de emprego no setor privado dos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em abril, mostrou o Relatório Nacional de Emprego da ADP. Foram abertos 62.000 postos de trabalho neste mês, após um ganho de 147.000 revisado para baixo em março.

Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 115.000 vagas de emprego no setor privado, depois de um ganho de 155.000 relatado anteriormente em março.

O relatório da ADP, desenvolvido em conjunto com o Laboratório de Economia Digital de Stanford, foi publicado antes do relatório de emprego do governo para abril, que será divulgado na sexta-feira. Não há correlação entre os relatórios de emprego da ADP e do governo.

O mercado de trabalho continua desacelerando de forma ordenada, embora economistas alertem que as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, podem forçar as empresas a demitir funcionários.

Sobre o relatório do governo, estima-se que foram abertas 130.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em abril, depois de um ganho de 228.000 em março. A previsão é de que a taxa de desemprego permaneça inalterada em 4,2%.

4- Taxa de desemprego do Brasil sobe a 7% no 1T25, a mais baixa da série para o período

O Brasil fechou o primeiro trimestre com alta da taxa de desemprego em relação ao final do ano passado devido ao aumento no número de pessoas em busca de trabalho, ampliando os sinais de desaceleração do mercado, embora seja a menor taxa para o período desde o início da série histórica em 2012.

Nos três meses até março a taxa de desemprego chegou a 7,0%, de 6,2% no quarto trimestre de 2024, mostraram os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

O resultado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters e, apesar do aumento, ainda indica um mercado de trabalho aquecido, ficando bem abaixo dos 7,9% do mesmo período do ano anterior.

Em relação à renda média, esta chegou a R$3.410 no primeiro trimestre, novo recorde na série iniciada em 2012, com alta de 1,2% sobre o quarto trimestre e de 4,0% na comparação anual.

A expectativa é de que a taxa de desemprego permaneça este ano em patamares ainda baixos para os padrões históricos, mas com o mercado de trabalho mostrando sinais de deterioração gradual em linha com a perda de força esperada para a economia.

A taxa baixa de desemprego ajuda a estimular a atividade econômica, mas por outro lado dificulta o controle da inflação, principalmente a de serviços, o que vem mantendo o Banco Central no ritmo de aperto monetário.

5- Na Petrobras (PETR4), produção fica estável no 1T25

A produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras (PETR4) totalizou 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) no primeiro trimestre de 2025, uma leve queda de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, permanecendo praticamente estável.

Na comparação trimestral, porém, houve alta de 5,4%, impulsionada por menor volume de perdas operacionais devido a manutenções, maior eficiência na Bacia de Santos e pela entrada em operação dos FPSOs Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, e Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero.

Ao longo do trimestre, a companhia também iniciou a operação de 11 novos poços produtores — seis na Bacia de Campos e cinco na Bacia de Santos.

A produção total da Petrobras no Brasil caiu 0,1% no 1º trimestre frente ao mesmo período de 2024, somando 2,740 milhões de barris por dia.

A produção de óleo e LGN recuou 1,0%, puxada pela queda de 5,0% no pós-sal. O pré-sal ficou praticamente estável (-0,2%) e a produção terrestre subiu 2,9%. Já o gás natural cresceu 3,7%. No exterior, a produção caiu 6,1%.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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