Ibovespa (IBOV): As ações que sobrevivem à sangria desta quinta-feira
O Ibovespa (IBOV) desaba nesta quinta-feira (06), apesar das boas notícias envolvendo a reforma tributária, que pode ser votada ainda hoje. Por volta das 12h41, o índice caia 1,85%, a 117.379 pontos.
De acordo com analistas, o grande problema na sessão está no exterior.
Nos Estados Unidos, após a ata da última decisão política monetária do Federal Reserve reforçar na véspera a chance de retomada do ciclo de altas de juros, dados mostraram nesta quinta criação de vagas no setor privado acima das expectativas.
Economistas do UBS afirmaram em relatório que os números da ADP sugerem risco de alta para a projeção da casa de aumento de 175 mil empregos na folha de pagamento não agrícola em junho, que será divulgada na sexta-feira.
A Nasdaq, a bolsa de tecnologia dos Estados Unidos, despencava 1,48%, enquanto o S&P 500 tinha queda de 1,33%.
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De acordo com o analista Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, os dados de emprego do ADP mostraram que o mercado de trabalho continua forte e, possivelmente, teremos um dado de payroll forte amanhã.
“Além disso, os dados do PMI de serviços vieram fortes também, o que indica que a inflação deve cair mais lentamente no futuro. Com tudo isso, teremos uma postura mais dura do Fed e provavelmente teremos alta na próxima reunião e mais uma durante 2023”, discorre.
Ele afirma ainda que o mercado estava bem otimista em relação à política monetária americana, por mais que não houvesse previsão de cortes em 2023.
Ações que sobrevivem
Por aqui, somente três ações, de mais de 80, subiam por volta das 12h32. IRB (IRBR3) liderava as altas, seguido de CPFL (CPFE3). Taesa (TAEE11) e Energias do Brasil (ENBR3) operavam entre altas e baixas.
Entre as maiores baixas, as varejistas, que são sensíveis aos juros, despencavam. Magazine Luiza (MGLU3) tinha queda de 7%, enquanto Via (VIIA3) recuava 6,76%.
Com Reuters
