Mercados

Ibovespa (IBOV): Por que índice disparou em dia ruim para Wall Street?

25 jan 2023, 18:11 - atualizado em 25 jan 2023, 19:32
Ibovespa
O volume financeiro somava 20,1 bilhões de reais, em sessão marcada por feriado na cidade de São Paulo (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa iniciou o dia em queda, mas no começo da tarde conseguiu reverter o sinal e ganhou força durante o dia, fechando em disparada de 1,1%, a 114.270 pontos.

Dessa forma, o índice fez o caminho inverso de Wall Street, que caiu em meio a resultados fracos da Microsoft e Boeing.

O volume financeiro somava 20,1 bilhões de reais, em sessão marcada por feriado na cidade de São Paulo. O giro médio diário negociado na bolsa neste ano é de 25,36 bilhões de reais.

Segundo analistas, um dos principais responsáveis pela alta, não só hoje como nas ultimas sessões, são os investidores estrangeiros.

“O fluxo estrangeiro está forte não só para o Brasil, como para emergentes. Estamos vendo os emergentes já no final do ciclo de juros, com expectativa, até, de queda, diferente dos desenvolvidos. Nos Estados Unidos você enxerga um topo, mas teremos mais altas nesse ano e na Europa também”, discorre o sócio-analista da Ajax Asset, Rafael Passos.

Dados da B3 mostravam entradas líquidas de R$ 6,48 bilhões neste ano até o dia 20.

Com isso, empresas de commodity e bancos, além do consumo, são as que mais ajudaram a dar fôlego ao índice.

Outros fatores também foram citados por analistas como gatilhos para esse fluxo ao Brasil, incluindo a reabertura da China, que eleva a entrada de recursos em países emergentes e a sustentação de preços de commodities.

No mais, investidores monitoraram declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse nesta quarta-feira, em pronunciamento ao lado do presidente do Uruguai, Luís Alberto Lacalle Pou, em Montevidéu, ser possível o Mercosul firmar um acordo comercial com a China e que as negociações irão começar assim que o bloco concluir as negociações com a União Europeia.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Leia mais sobre: