Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) se prepara para reagir a dados de atividade de olho no Fed e no Copom

05 abr 2023, 8:08 - atualizado em 05 abr 2023, 8:08
Ibovespa recebe hoje dados de atividade no Brasil e no mundo para medir riscos de recessão, enquanto aguarda sinais dos bancos centrais (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) tenta seguir alheio aos mercados globais nesta quarta-feira (5), um dia depois de superar Wall Street e fechar em alta. Mas essa dinâmica própria será testada hoje, dia de dados de atividade no Brasil e no mundo.

De fato, os investidores estão tentando cancelar os riscos de uma recessão da economia mundial, mas não parecem tão seguros disso. A recente crise bancária trouxe novas preocupações em Wall Street

Daí porque a bateria de índices dos gerentes de compras (PMI) dos setores industrial e de serviços ao longo do dia merece atenção. Ao mesmo tempo, porém, os números medem as chances de pausa no ciclo de aperto dos juros pelo Federal Reserve já em maio.

No entanto, o Fed não indicou qualquer intenção de reversão no movimento ainda neste ano, em direção a cortes. E o mesmo pode ser dito em relação ao Comitê de Política Monetária (Copom).

Ibovespa aguarda Copom

Hoje, porém, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá a primeira oportunidade de falar sobre o novo arcabouço fiscal, durante um evento. Na semana passada, quando a equipe econômica divulgou a proposta, ele não fez menção ao tema.

Desde então, não apareceu mais em público. Por isso, a expectativa é de que o presidente do BC comente as novas regras que devem substituir o teto de gastos. Mais que isso, há esperança de que ele sinalize a chance de cortes na taxa Selic em breve.   

Inicialmente bem recebida pelo mercado doméstico, a proposta apresentada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) agora é vista com certa desconfiança. Isso porque o texto parece se basear em premissas frágeis, insuficientes para estabilizar a trajetória da dívida pública. Ainda assim, os investidores parecem dar o benefício da dúvida. 

Seja como for, o novo arcabouço fiscal dá um rumo sobre a direção que o governo irá caminhar no decorrer de quatro anos. Não se trata mais, portanto, de um cenário de incerteza em relação aos gastos. Agora, o que há são previsões difíceis em relação ao aumento da arrecadação. Tudo, então, vai depender de aprovação do Congresso

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 8h:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,11%; o do S&P 500 tinha baixa de 0,17% e o Nasdaq cedia 0,16%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale estavam estáveis, enquanto os da Petrobras cresciam 0,93%

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa de 0,16%; a bolsa de Frankfurt caía 0,34%, a de Paris recuava 0,20%, mas a de Londres subia 0,47%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em queda de 1,68%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, e a Bolsa de Xangai permaneceram fechadas devido a um feriado na China;

Câmbio: o índice DXY subia 0,11%, 101.69 pontos; o euro caía 0,08%, a US$ 1,0947; a libra tinha baixa de 0,24%, a US$ 1,2470; o dólar tinha leve baixa de 0,05% ante o iene, a 131,66 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,367%, de 3,342% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,879%, de 3,838% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro oscilava com +0,06%, a US$ 2.039,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,20%, a US$ 80,55 o barril; o do petróleo Brent cedia 0,21%, a US$ 84,76 o barril; o contrato futuro do minério de ferro não teve negócios em Dalian (China) devido a um feriado no país.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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