Ibovespa na máxima, dólar na mínima: O que impulsiona o mercado nesta segunda?

O Ibovespa disparava nesta quarta, renovando recordes históricos, enquanto o dólar caia, no menor patamar desde junho do ano passado.
Por volta das 15h, o índice subia 1,26%, a 144.065 pontos. Já a moeda norte-americana operava em queda de 0,71%, a R$ 5,3.
No radar, está o clima de expectativas para decisões de política monetária na semana, com destaque para os Estados Unidos, onde o Federal Reserve deve realizar o primeiro corte de juros em nove meses.
- Focus reduz projeções para Selic e inflação em 2025, e Copom e Fed concentra atenções dos investidores essa semana; Acompanhe o Giro do Mercado de hoje:
Para analistas do BB Investimentos, investidores devem ficar em modo espera até as decisões dos bancos centrais nos EUA e no Brasil, com divulgações previstas para a quarta-feira, o primeiro às 15h (de Brasília) e o segundo após o fechamento.
“Embora a figura gráfica semanal aponte para um quadro de indecisão, o ambiente é potencialmente favorável para os ativos de risco no Brasil”, afirmaram em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira.
No caso do Fed, que, conforme as expectativas no mercado, deve reduzir o juro em 0,25 ponto percentual, a equipe do BB avalia que “a amplitude desse primeiro corte e sinalização dos dirigentes do Fed devem pautar o apetite a risco”.
O desfecho da reunião de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed será acompanhado das projeções econômicas da autoridade monetária e seguido pela coletiva à imprensa do chair do BC norte-americano, Jerome Powell.
Atualmente, a taxa está no intervalo de 4,25% a 4,50%.
No Brasil, a expectativa é de que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 15% ao ano.
“Os dados econômicos mais fracos nas últimas medições, queda da inflação corrente e das projeções para o IPCA podem influenciar as expectativas a respeito do início do ciclo de cortes domesticamente”, acrescentou a equipe do BB.
Nesta segunda-feira, o IBC-Br, calculado pelo BC e visto como um sinalizador do PIB, mostrou retração de 0,5% em julho ante o mês anterior, segundo dado dessazonalizado, mais forte do que o esperado (-0,2%).
Em paralelo, a pesquisa Focus mostrou queda nas projeções para a inflação neste ano e manutenção para 2026, bem como estabilidade nas estimativas da Selic em 2025, mas redução nos prognósticos para o ano que vem.