Mercados

Ibovespa no vermelho: Forte queda de hoje preocupa? Veja 4 motivos para acreditar nas ações brasileiras

26 set 2022, 15:55 - atualizado em 26 set 2022, 15:55
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ações brasileiras são negociadas com um desconto de 43% versus índice MSCI Emerging Markets, bem maior que os níveis de desconto históricos, destaca o UBS (Imagem: Tainá da Silva)

O mercado de ações brasileiro enfrenta mais um pregão de queda expressiva, com o Ibovespa recuando 2% por volta das 15h25 desta segunda-feira (26), abaixo dos 110 mil pontos, diante da proximidade das eleições.

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Apesar das últimas sessões negativas, existem motivos para acreditar que a fase positiva das ações brasileiras ganhará tração ao longo dos próximos meses.

Após anos de performance fraca em relação aos pares emergentes e mercados desenvolvidos, a Bolsa brasileira é destaque positivo em 2022.

Enquanto os mercados globais vivem o temor de uma recessão conforme os bancos centrais dão continuidade à elevação das taxas de juros em seus respectivos países, o Brasil está saindo de um ciclo de aperto monetário que se iniciou em março do ano passado.

Na avaliação do UBS, o mercado de ações brasileiro “acordou” neste ano e deve manter desempenho superior ao de outros mercados emergentes pelos próximos 12-18 meses.

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Quatro pontos explicam a visão do banco:

  1. valuations em mínimas históricas;
  2. exposição pesada a commodities e setor financeiro, com dividend yield superior;
  3. política monetária ortodoxa; e
  4. crescimento surpreendendo para cima, com riscos políticos gerenciáveis.

O UBS destaca que as ações brasileiras continuam sendo negociadas com descontos consideráveis, tanto em termos absolutos quanto relativos.

Segundo o UBS, os múltiplos atuais não desconsideram adequadamente as condições macroeconômicas existentes e esperadas.

“As ações brasileiras são negociadas com um desconto de 43% versus índice MSCI Emerging Markets, bem maior que os níveis de desconto históricos. Acreditamos que um re-rating de 15-20% no múltiplo P/L (preço sobre lucro) é alcançável nos próximos 12-18 meses”, afirma a instituição.

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Exposição a commodities

O UBS acredita que os preços das commodities permanecerão elevados dentro de um contexto de oferta restrita, com os estoques sofrendo para acompanhar a demanda, após anos de investimento limitado.

Segundo o banco, dada a distância em relação à tensão envolvendo a Rússia, mas com exposição a commodities semelhante ao país que está em conflito com a Ucrânia, o Brasil se beneficia do interesse de investidores focados em recursos naturais e que estão dispostos a manter elevada alocação.

O UBS diz que, no Brasil, preços maiores de commodities apontam para um crescimento melhor que o esperado. Para completar, os números fiscais também estão vindo melhores que o antecipado, conforme as receitas tributárias do governo aumentam a taxas de dígito duplo por causa da inflação e de royalties de commodities.

“Riscos relacionados com a postura fiscal do Brasil decorrentes das eleições também devem ser gerenciáveis, dado o papel que o Congresso terá em qualquer resultado eleitoral”, completa.

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“Acreditamos que os mercados já precificaram bem uma vitória pelo ex-presidente Lula”, completa o UBS. “O risco de uma crise institucional gerada pelas eleições é bem pequeno, dada a qualidade do sistema eleitoral no Brasil”.

Política monetária

Na contramão de outros bancos centrais, o Banco Central do Brasil (BC), que se adiantou em relação ao Federal Reserve (Fed) ao iniciar a trajetória de aperto monetário em 2021, interrompeu neste mês o ciclo de altas da Selic.

O UBS diz que o movimento é um catalisador para as ações brasileiras, uma vez que pavimenta o caminho para um novo ciclo, de queda de juros, em 2023.

“As ações brasileiras entregaram retornos atrativos nos 12 meses que seguem a conclusão de um ciclo de aperto monetário”, destaca o banco.

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Adicionalmente, o UBS aposta que o real se manterá forte, dado o forte superávit comercial do país, suportado pelos preços das commodities, a safra agrícola recorde e o carrego elevado da moeda.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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