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Ibovespa: Os motivos para uma nova forte alta da Bolsa brasileira

12 abr 2023, 14:53 - atualizado em 12 abr 2023, 15:00
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Os números do varejo complementam a leitura otimista após na terça o IBGE divulgar que o IPCA desacelerou em março a 0,71%. (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) subia nesta quarta-feira (12) após um avanço de 4,3% na véspera. Por volta das 14h30, o principal índice da Bolsa avançava 1,59%, aos 107,9 mil pontos.

Parte da alta, avaliam analistas, é técnica, já que hoje é dia de vencimento de opções – há forte volume de compras no mercado à vista, enquanto ocorrem vendas no futuro.

Índices acionários dos Estados Unidos ajudavam a sustentar o otimismo, após dados de inflação do país abaixo das expectativas. O índice de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês) aumentou 0,1% em março, desacelerando frente a fevereiro.

De acordo com Jon Maier, diretor de investimentos da gestora Global X, os dados mostram uma melhora no CPI, mas o núcleo do indicador, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, permanece teimosamente alto.

“O Fed precisará calibrar cuidadosamente sua política monetária para navegar nessa intrincada situação econômica, garantindo que suas decisões sobre taxas de juros levem em consideração tanto a redução da inflação nominal quanto a persistência do núcleo da inflação”, avalia.

Antes mesmo dos dados de inflação nos EUA, o Ibovespa futuro apontava um dia positivo para a Bolsa brasileira, com um otimismo impulsionado pelos dados locais do varejo em janeiro, que vieram melhores do que o esperado. 

Mais cedo, o IBGE divulgou que o volume de vendas do comércio de varejo subiu 3,8% frente ao mês anterior. Na comparação anual, a alta foi de 2,6%, marcando a sexta consecutiva.

Com isso, as ações das varejistas listadas no Ibovespa subiam em bloco, assim como todos os setores da Bolsa – com exceção de Vale (VALE3) e siderúrgicas.

Os números do varejo são divulgados depois de o IBGE revelar que o IPCA desacelerou em março a 0,71%. Com isso, a alta acumulada em 12 meses atingiu 4,65%, menor do que a mediana projetada pelo mercado, de 4,71%, e abaixo do teto da meta do Banco Central para 2023, de 4,75%.

Os dados positivos levaram a uma queda dos juros futuros, que segue ainda hoje, com menos força. O dólar também foi empurrado para baixo.

Em meio a ensejos de um corte mais cedo da Selic, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que a inflação no país caiu, mas ponderou que pressões permanecem em meio a um componente de demanda “relativamente forte” e disse que há deterioração de expectativas.

Luis Novaes, analista da Terra Investimentos, ressaltou que os ativos locais estão “significativamente descontados nos últimos meses”. Por isso, notícias positivas acabam tendo impacto superior do que teriam em outro contexto, explicou. 

*Com informações da Reuters

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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