Ibovespa tem avanço de mais de 2% em outubro e engata 3ª alta mensal consecutiva
Os primeiros avanços para um acordo comercial entre o Palácio do Planalto e a Casa Branca e a continuidade do afrouxamento monetário nos Estados Unidos, o Ibovespa (IBOV) repetiu o ritmo de forte valorização de setembro neste mês. Em outubro, o índice acumulou valorização de 2,26%.
O mês foi, mais uma vez, marcado por recordes seguidos, que levaram o principal índice da bolsa brasileira a ganhar mais de três mil pontos: dos 146 mil pontos para os 149 mil pontos. O Ibovespa também superou, pela primeira vez, os 149,6 mil pontos, renovando a máxima nominal histórica.
O “empurrão” foi dado pela injeção de capital estrangeiro, favorecido pelo diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos.
Na maior economia do mundo, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) — equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro — cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano, como esperado pelo mercado, e em decisão não unânime. Essa foi a segunda redução consecutiva.
Já por aqui, o mercado ficou à espera de uma nova decisão sobre os juros. A expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mantenha a taxa Selic estável em 15% ao ano, em decisão unânime na próxima semana.
As relações comerciais entre Estados Unidos e Brasil também ajudaram o Ibovespa a encostar nos 150 mil pontos pela primeira vez. No último fim de semana do mês, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram na Malásia.
Lula afirmou, em rede social, que a conversa “foi ótima”. Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo norte-americano concordou com um cronograma de negociações com o Brasil nas próximas semanas, em busca de um acordo sobre o tarifaço contra produtos brasileiros.
As maiores altas do Ibovespa em outubro
| CÓDIGO | NOME | VARIAÇÃO MENSAL |
| USIM5 | Usiminas PNA | 34,04% |
| CSNA3 | CSN ON | 19,49% |
| GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | 16,49% |
| WEGE3 | Weg ON | 15,06% |
| GGBR4 | Gerdau PN | 14,03% |
| HYPE3 | Hypera ON | 13,68% |
| VALE3 | Vale ON | 13,34% |
| COGN3 | Cogna ON | 11,98% |
| ENEV3 | Eneva ON | 10,63% |
| YDUQ3 | Yduqs ON | 9,98% |
As maiores quedas do índice no mês
| CÓDIGO | NOME | VARIAÇÃO MENSAL |
| SMTO3 | São Martinho | -19,12% |
| BRAV3 | Brava Energia ON | -17,91% |
| HAPV3 | Hapvida ON | -12,75% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | -11,77% |
| POMO4 | Marcopolo PN | -11,45% |
| FLRY3 | Fleury ON | -9,85% |
| ASAI3 | Assaí ON | -9,57% |
| MBRF3 | MBRF ON | -7,98% |
| RAIZ4 | Raízen ON | -6,86% |
| PETR3 | Petrobras ON | -6,72% |