Mercados

Ibovespa perde ganhos e recua com declínio de bancos e Petrobras; Gol sobe

08 jan 2020, 12:32 - atualizado em 08 jan 2020, 12:32
Irã Oriente Médio Guerra
Tensão no Oriente Médio ainda dita cautela dos investidores na bolsa brasileira (Imagem: Unsplash/@mostafa_meraji)

A bolsa paulista mostrava alguma fraqueza no final da manhã desta quarta-feira, com o Ibovespa mais uma vez pressionado por bancos e Petrobras, enquanto os últimos desdobramentos da crise entre Estados Unidos e Irã amenizavam receios de escalada nas tensões.

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Às 12:28, o Ibovespa caía 0,30%, a 116.310,33 pontos. Mais cedo, o Ibovespa chegou a subir 0,58%, recuperando o patamar dos 117 mil pontos. O volume financeiro no pregão somava 6,8 bilhões de reais.

A equipe da Guide Investimentos destacou que declarações de autoridades dos Estados Unidos e do Irã acalmaram investidores após os ataques iranianos a bases militares que abrigam forças norte-americanas no Iraque. A ação de Teerã foi uma resposta ao ataque norte-americano que matou o general iraniano Qassem Soleimani.

A ação de Teerã foi uma resposta ao ataque norte-americano que matou o general iraniano Qassem Soleimani (Imagem: REUTERS/Khaled Abdullah)

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que o país adotou medidas proporcionais de legítima defesa e que os ataques concluíram a reação ao assassinato de Soleimani, mas que sua nação não quer agravar o confronto.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que ordenou o ataque de drone que matou Soleimani em Bagdá na sexta-feira, deu uma resposta inicial no Twitter: “Está tudo bem!”. Ele fará uma declaração ainda nesta quarta-feira.

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Em Wall Street, o Dow Jones tinha oscilação positiva de 0,04% e o S&P 500 subia 0,2% nos primeiros negócios.

Também no radar estavam dados sobre a criação de empregos no setor privados dos EUA, que acelerou em dezembro, em movimento possivelmente beneficiado por efeito sazonal.

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Apesar do Ibovespa estar engatando a quarta queda consecutiva, agentes de mercado têm citado que a volatilidade recente tem sido uma oportunidade de realização de ganhos, que eles veem como sadia e que abre pontos de compra das ações.

Entre analistas e gestores, de modo geral, continua a percepção de que o mercado acionário brasileiro permanece com bons fundamentos, em meio a perspectivas de recuperação da economia brasileira, mas taxas de juros ainda baixas.

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Destques

Bradesco, (BBDC4) recuava 1,5%, com o setor dando continuidade ao viés negativo apurado neste começo do ano, com Itaú Unibanco (ITUB4) perdendo 0,9%. Em relatório, o BofA Securities também chamou a atenção para o risco adicional aos maiores bancos oriundo das cooperativas de crédito.

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) cediam 0,16% e 0,6%, respectivamente, conforme o petróleo recuava no exterior sem maiores desdobramentos do ataque do Irã contra forças norte-americanas no Iraque, que fez as cotações da commodity dispararem. O Brent chegou a 71,75 dólares o barril.

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Qualicorp (QUAL3) caía 3%, entre as maiores quedas do Ibovespa. O papel figurou entre as maiores valorizações do índice em 2019, encerrando o ano com ganho acumulado de 243%.

– Vale (VALE3) perdia 0,5%, reforçando a trajetória negativa no pregão, apesar de os futuros do minério de ferro na China subirem ao maior nível em mais de cinco meses nesta quarta-feira, ajudados por expectativas sobre a demanda de siderúrgicas.

JBS (JBSS3) valorizava-se 2,4%. Relatório do Bradesco BBI elevou recomendação dos papéis para ‘outperform’, definindo preço-alvo em 37 reais, citando preço atrativo e desdobramentos positivos nas discussões comerciais entre EUA e China ainda não precificados.

Gol (GOLL4)  avançava 2,3%, também entre os destaques positivos, após divulgar dados de tráfego de passageiros em dezembro, além de prévia para o resultado do quarto trimestre, mostrando crescimento de receitas e queda de custos.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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