Ibovespa perto de perder (novamente) os 100 mil pontos, dizem analistas

O Ibovespa volta a cair na sessão desta segunda-feira (3) e se aproxima, novamente, de perder a barreira psicológica dos 100 mil pontos. O índice chegou a exibir queda de 0,97%, mas conseguiu recuperar um pouco o fôlego. Por volta das 13h13, a bolsa tinha baixa de 0,71%, a 101.156 pontos. Em Wall Street:
No exterior, os temores com a inflação voltam a assustar após o corte da produção de petróleo pela Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) de 1 milhão de barris por dia (bpd), a partir de maio até o final do ano. O Brend disparava 5,81%, a US$ 84,47 o barril.
Com isso, as petroleiras eram destaque, com Prio (PRIO3), Petrobras (PETR3) e 3RPetroleum (RRRP3) liderando as altas.
“O anúncio de corte na produção de petróleo deve prejudicar o processo de desinflação de bens no mundo (especialmente, nos países desenvolvidos). Assim, o tema de “inflação” deve voltar a ganhar forças, em detrimento das expectativas de fim de ciclo de alta de juros”, coloca a equipe da Ajax Asset.
Por aqui, investidores seguem no aguardo do projeto de lei de complementar do arcabouço fiscal. Para aumentar a arrecadação o governo, pode-se promover a revogação dos juros sobre capital próprio, o que prejudicará as empresas mais capitalizadas, como bancos, diz ainda a Ajax.
“Considerando a ausência de maiores direcionadores vindos dos mercados acionários internacionais, as discussões em torno da viabilidade de implementação do novo arcabouço fiscal devem continuar dominando as discussões nas mesas de operações, mantendo um tom mais cauteloso dos investidores locais nesta segunda-feira”, destaca a Ágora Investimentos.
Perda dos 100 mil pontos
A equipe gráfica do Itaú BBA destaca que o Ibovespa precisaria ultrapassar os 104.100 pontos para deixar a tendência de baixa.
O primeiro suporte está em 100.000 pontos, antes de retomar o movimento de queda em direção aos suportes em 97.000 e 95.200/93.300 pontos.
“O índice não conseguiu superar a resistência e, consequentemente, o cenário de baixa de curto prazo. Ainda vemos cautela e o momento é de acionar os stops, caso forem atingidos, pois o risco de mais quedas aumentou”, completam.