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Ibovespa: Prepare-se para tempos melhores, diz Inter; índice ainda pode subir 10,7% nos próximos meses

04 dez 2023, 12:51 - atualizado em 04 dez 2023, 12:51
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Ibovespa deve chegar aos 142 mil pontos em 2024, prevê instituição (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Bolsa brasileira deve viver tempos melhores em 2024, com o Ibovespa podendo alcançar os 142 mil pontos ao longo dos próximos meses, avaliam analistas do Inter Research.

Considerando o patamar atual, o índice tem potencial de alta de 10,7%.

A perspectiva um pouco mais otimista em relação a 2023 se deve à expectativa de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, iniciará o ciclo de corte de juros. Em paralelo, no Brasil, o Banco Central deve seguir com o movimento de afrouxamento monetário.

Ainda, o Inter avalia que, à medida que os fundos de investimentos fiquem menos pressionados e o cenário no Brasil mostre maiores sinais de confiança, principalmente do lado fiscal, o investidor institucional, que é quem mais vende em 2023, pode voltar a ter fluxo maior de aporte, combinando com um apetite maior por parte do investidor estrangeiro.

Ibovespa está barato?

O mercado tem sido enfático quanto ao desconto da Bolsa. Para o Inter, se a Bolsa reflete o lucro das empresas, então ela ainda se mostra descontada, considerando que as expectativas de lucro não trazem uma correção muito forte.

Segundo os analistas, as expectativas pessimistas deveriam refletir em resultados “muito aquém do esperado” para fazer o Ibovespa regredir às médias pela correção dos lucros. Porém, não foi isso o que aconteceu.

“Os lucros até que mostraram uma desaceleração, mas ainda continua em níveis acima da média”, diz o Inter.

“O desconto da bolsa fica ainda mais claro quando observamos o Earnings Yield da Bolsa, que, desde 2016, estava abaixo da média, refletindo os lucros das empresas ainda combalidos. Porém, à medida que os lucros foram avançando e as companhias reportando melhores resultados, a partir de 2021, a Bolsa continuou subprecificada”, completa a instituição.

O Inter reforça que, pensando no longo prazo, a Bolsa ainda é uma boa alternativa para investimentos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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