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Ibovespa: Queda recente é exagerada, defende BofA; carteira tem mudanças com Petrobras (PETR4) e techs

05 set 2023, 15:59 - atualizado em 05 set 2023, 15:59
Ibovespa
Bank of America atualiza Petrobras e techs em seu “portfólio Brasil” (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A performance mais fraca nos últimos meses não afeta a perspectiva positiva que o Bank of America (BofA) tem para a Bolsa local.

O banco segue “overweight” (exposição maior que a média do mercado) em relação ao Brasil, apesar do tropeço nos últimos dois meses devido a um cenário concentrado em incertezas quanto às políticas fiscais domésticas (arcabouço fiscal, orçamento de 2024, potencial fim dos juros sobre capital próprio) e a uma desconexão entre as teses macro e micro.

“A atividade foi forte no segundo trimestre, levantada pela retomada nos investimentos, enquanto o setor corporativo está lutando para mostrar crescimento nos resultados” afirma a instituição.

O BofA acredita que o impulso real do ciclo de flexibilização de juros ainda está por vir. O banco vê mais espaço para maiores valuations nos níveis atuais de taxas. Além disso, os investidores devem voltar ao mercado de ações com a Selic alcançando os 10%.

“Saídas de fundos locais já diminuíram significativamente nos últimos três meses”, completa.

Carteira

O BofA realizou algumas alterações em seu portfólio com exposição ao mercado brasileiro.

“Seguimos gostando da exposição a nomes e setores orientados pelas taxas de juros”, comenta.

Totvs (TOTS3) foi excluída da composição por falta de catalisadores. No lugar, o banco incluiu Locaweb (LWSA3), seguindo a temática de ativos orientados por juros e diante de expectativas de melhores tendências operacionais nos próximos trimestres.

O portfólio do BofA ainda ganhou maior exposição ao petróleo, tendo elevado Petrobras (PETR4) de “underweight” (exposição mais baixa que a média do mercado) para “marketweight” (exposição em linha com o mercado).

Em relação ao minério de ferro, a Vale (VALE3) segue com peso “neutro”. Analistas estão à espera de políticas de flexibilização mais significativas na China.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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