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Ibovespa recua em dia de reuniões de política monetária; Cielo lidera quedas

30 out 2019, 11:29 - atualizado em 30 out 2019, 11:31
cielo
Ações da varejista despencavam cerca de 4,80% por volta da 11:30 (Imagem: Facebook da Cielo)

O Ibovespa recuava na sessão desta quarta-feira, com a mais recente bateria de resultados trimestrais em evidência, com Magazine Luiza (MGLU3) e Cielo (CIEL3) em pontas opostas do índice após divulgarem balanços na véspera, em dia também marcado por reuniões sobre taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil.

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Às 11:28, o Ibovespa caía 0,68%, a 106.824,17 pontos. O volume financeiro somava 3,18 bilhões de reais.

Enquanto a temporada de balanços trimestrais continua ditando o ritmo do mercado, agentes financeiros aguardam também as reuniões de política monetária nesta quarta-feira, com expectativa de que o Federal Reserve defina possível novo corte na taxa de juros ainda durante a sessão.

A previsão é que o comitê de política monetária do Fed anuncie corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros ao informar sua decisão às 15h (horário de Brasília). O Chairman, Jerome Powell, dará entrevista à imprensa na sequência.

Para analistas da Terra Investimentos, a redução na taxa já está precificada e o mercado deve ficar atento ao discurso de Powell que pode dar pistas sobre um possível término no ciclo de cortes.

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Na agenda doméstica, além da reunião do Copom após o fechamento da sessão, continuam em pauta as reformas propostas pelo governo, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmando que a reforma tributária é a atual prioridade do Congresso e que a reforma administrativa deve ficar apenas para o próximo ano.

No âmbito político, repercurte notícia que um dos suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco entrou no condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro dizendo que iria à casa do então deputado, mas, na verdade, foi para a residência do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado.

“Embora tenham passado um pouco do padrão dos ‘ruídos’ anteriores, não se sabe se haverá algum respingo para o mercado”, informou a Terra Investimentos em nota a clientes.

Já a Levante Investimentos afirmou que “de qualquer forma, os investidores não devem repercutir negativamente a notícia nos ativos – ainda mais em um dia agitado, com decisão de juros por aqui e nos EUA. Estaremos atentos para qualquer outro desdobramento”.

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Destaques

Cielo (CIEL3) perdia 4,8%, na ponta negativa do Ibovespa. A empresa registrou lucro líquido de 358,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 51,7% na comparação anual.

Magazine Luiza (MGLU3)  avançava 3,8%, após divulgar que seu lucro líquido do terceiro trimestre somou 235,1 milhões de reais, um salto de 96,7% ante mesma período de 2018. Com as vendas pela internet, dando um salto de 300%, chegando a 48% do total de vendas da varejista.

Santander (SANB3) recuava 2,5%, apesar do banco ter divulgado resultados trimestrais que superaram estimativas de analistas, impulsionados principalmente pelo segmento de varejo. No setor, Bradesco (BBDC4) perdia 2% e Itau Unibanco (ITUB4) desvalorizava-se 1,75%, endossando o viés negativo do índice.

Petrobras (PETR4) caía 0,2% cada, em linha com a queda dos preços do petróleo.

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Multiplan (MULT3) avançava 2,6%, dentre os destaques positivos da sessão. A administradora de shopping centers divulgou lucro de 121,5 milhões de reais para o terceiro trimestre, acima da previsão média de analistas de 116,2 milhões de reais.

Vale (VALE3) perdia 1,3%. A empresa havia subido cerca de 5,7% desde semana passada até a sessão da véspera.

Ecorodovias (ECOR3) cedia 0,7%, perto da ponta negativa, após a empresa registrar prejuízo líquido de 408,6 milhões de reais no terceiro trimestre.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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