Mercados

Ibovespa registra queda com vírus na China no radar; varejista Hering desaba quase 12%

21 jan 2020, 12:19 - atualizado em 21 jan 2020, 12:21
Cia Hering HGTX3 Roupas
Papéis da varejista despencavam cerca de 11,57% por volta do meio-dia (Imagem: Facebook/Hering)

A bolsa paulista acompanhava o viés negativo de mercados no exterior nesta terça-feira, um dia após o Ibovespa renovar máxima histórica, com as ações da Cia Hering entre os destaques de baixa, desabando mais de 10%, após o desempenho das vendas no quarto trimestre decepcionarem investidores.

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Às 12:18, o Ibovespa caía 0,56%, a 118.19748 pontos. O volume financeiro somava 4,1 bilhões de reais.

No exterior, o número de mortos pelo surto de coronavírus na China subiu para seis nesta terça-feira, e as autoridades relataram um aumento em novos casos, com receios de que a cifra de infecção aumente ainda mais com as viagens de centenas de milhões de pessoas para o feriado do Ano Novo Lunar no final deste mês.

“O temor de que a doença se alastre para outros países e o que dá o tom de pessimismo para os investidores”, afirmaram analistas da corretora Mirae Asset, em nota a clientes.

Wall Street, que retorna de fim de semana prolongado por feriado na segunda-feira, também abriu em queda.

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Investidores também estão atentos ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça nesta semana. O Brasil está sendo representado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que, entre outros comentários, disse que o Brasil vai abrir compras do governo a estrangeiros e que a economia poderá ter crescimento de 2,5% este ano.

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Destaques

Hering (HGTX3) desabava 11,5%, refletindo a reação negativa a dados de faturamento no quarto trimestre divulgado pela varejista de vestuário na noite de segunda-feira. A companhia, que vinha registrando alta nas vendas mesmas lojas nos últimos sete trimestres, teve queda de 4% no quesito nos três últimos meses do ano passado.

Bradesco (BBDC4) perdia 0,9% e Itaú Unibanco (ITUB4) tinha oscilação positiva de 0,12%, em meio a preocupações com mudanças regulatórias e maior competição no setor.

Analistas do Goldman Sachs divulgaram relatório nesta sessão com estimativas para os balanços do quarto trimestre, reiterando visão cautelosa.

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Vale (VALE3) recuava 0,9% e CSN (CSNA3) caía 1,6%, em sessão de queda nos preços futuros do minério de ferro e aço na China, em meio a preocupações com as consequência econômicas de um novo coronavírus descoberto na China.

Petrobras  (PETR4PETR3) perdiam 0,5% e 1%, respectivamente, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no mercado internacional.

TIM (TIMP3) valorizava-se 4%, com melhora na recomendação para ‘outperform’ por analistas do Credit Suisse, que afirmaram em relatório a clientes esperar que 2020 seja um bom ano para as empresas de telecomunicações brasileiras.

Telefônica Brasil (Vivo — VIVT4) – que teve recomendação elevada pelo CS para ‘neutra’ – subia 0,3%.

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Oi (OIBR3;OIBR4), que não está no Ibovespa, foi mantida com recomendação ‘underperform’. Ainda assim, os papéis disparavam 10,4%, a 1,06 real.

Em relatório na véspera, analistas do Bradesco BBI afirmaram que se o acordo entre a Sonangol e a Oi for fechado em janeiro, a Oi poderia potencialmente captar 8 bilhões de reais até o primeiro trimestre de 2020.

Sul América (SULA11) avançava 0,7%, também entre as maiores altas. Analistas do BTG Pactual reiniciaram a cobertura dos papéis com recomendação de ‘compra’ e preço-alvo de 79 reais, citando que veem a companhia como muito mais do que uma seguradora apenas.

Eles afirmaram em relatório ver a empresa preparada para crescer na área da saúde, explorando sua marca forte, boa gestão e práticas comprovadas.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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