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Ibovespa renova máximas desde março e se aproxima de 108 mil pontos

17 nov 2020, 14:40 - atualizado em 17 nov 2020, 15:01
Ibovespa
Às 14:28, o Ibovespa subia 1,28 %, a 107.795,94 pontos, após alcançar 107.803,20 pontos, maior patamar intradiário desde 4 de março. O volume financeiro somava 17,673 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa abandonava o sinal negativo e renovava máximas desde março na tarde desta terça-feira, se aproximando dos 108 mil pontos, com a Vale renovando níveis recordes e puxando reação com alta de quase 5%, apesar da fraqueza em Wall Street.

Às 14:40, o Ibovespa subia 1,14 %, a 107.640,17 pontos. Na máxima, chegou a 107.810,31 pontos, maior patamar intradiário desde 4 de março. O volume financeiro somava 18,7 bilhões de reais.

Dados da B3 também continuam mostrando entrada líquida de estrangeiros em novembro, com o saldo do mês até momento em 17,8 bilhões de reais. No ano, apenas junho (1,9 bilhão de reais) e agosto (1,5 bilhão de reais) e outubro (2,9 bilhões de reais) tiveram saldo positivo.

Na visão do superintendente da mesa de operações da Necton, Marco Tulli, a bolsa reflete entradas veementes de estrangeiros desde o fim de outubro e começo de novembro, com os resultados acima do esperado de muitas companhias.

“E de pano de fundo ainda há percepções de que uma segunda onda de coronavírus tende a ser mais branda no Brasil em razão da época do ano, de temperaturas mais elevadas, bem como os protocolos médicos estão mais conhecidos”, acrescentou.

Muitos agentes financeiros também têm destacado uma rotação de setores em carteiras de investimentos na bolsa, alinhada a outros mercados emergentes, bem como um ambiente de notícias promissoras sobre uma vacina contra o Covid-19.

Nesta terça-feira, Vale (VALE3) subia 4,85%, chegando a 68,10 reais no melhor momento, máxima histórica intradia, apoiada na alta dos futuros do minério de ferro na China, um dia após a BNDESPar embolsar 2,5 bilhões de reais com a venda de 40 milhões de papéis da mineradora.

Petrobras PN também mostrava valorização relevante, de 3,3%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo. Bradesco PN e Itaú Unibanco PN afastavam-se das mínimas, reforçando o movimento de melhora no índice da bolsa paulista.

Na ponta negativa, Notre Dame (GNDI3) caía 3,4%, mesmo após salto no lucro líquido do terceiro trimestre, tendo no radar o IPO da Rede D’Or São Luiz, que pode ser a maior oferta inicial de ações do ano.

O pregão ainda tinha de pano de fundo forte queda do dólar em relação ao real, refletindo percepção de investidores de que o Banco Central deixou porta aberta para oferta líquida de swaps cambiais tradicionais até o fim do ano.

Nos Estados Unidos, Wall Street experimentava uma pausa nos ganhos, após o S&P 500 e o Dow Jones renovarem máximas históricas para o fechamento na véspera.

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