Mercados

Ibovespa resiste à realização de lucros e fecha em alta com liquidez global ampla

04 jun 2020, 17:13 - atualizado em 04 jun 2020, 19:48
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com acréscimo de 0,89%, a 93.828,61 pontos, após oscilar da mínima de 92.992,63 pontos (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta pelo quinto pregão consecutivo nesta quinta-feira, após sessão volátil, resistindo a movimentos de realização de lucros e viés negativo em Wall Street, uma vez que permanece beneficiado pela ampla liquidez global.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com acréscimo de 0,89%, a 93.828,61 pontos, após oscilar da mínima de 92.992,63 pontos à máxima de 94.132,30 pontos. O giro financeiro somou 31,3 bilhões de reais.

“Mesmo o cenário atual não refletindo uma realidade positiva, os ativos já estão começando a precificar uma recuperação em V das economias”, observou o estrategista Filipe Villegas, da Genial Investimentos.

Para ele, boa parte desse ânimo nos mercados está relacionado a expectativas de vacina e saída das quarentenas, mas também ao excesso de liquidez proposta nos últimos meses pelos principais bancos centrais, incluindo o Federal Reserve.

Wall Street chegou a oscilar no território positivo, mas fechou com os principais índices no vermelho, quebrando um rali de quatro dias.

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Minerva fechou em alta de 7,31%, com empresas exportadoras ajudadas nesta sessão pela valorização do dólar (Imagem: Minerva/Linkedin)

Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 2,89% e Bradesco (BBDC4) subiu 1,44%, ganhando fôlego na segunda etapa do dia e mantendo o forte desempenho apurado desde o começo da semana. Banco do Brasil (BBAS3) ganhou 0,55% e Santander (SANB11) valorizou-se 3,57%. O UBS revisou preços-alvo no setor, elevando o de Itaú de 27 para 32 reais, o de Bradesco de 27 para 28 reais e o de Santander Brasil de 30 para 32 reais. Itaú e Bradesco têm recomendação de compra e Santander Brasil, neutra.

– Minerva (BEEF3) fechou em alta de 7,31%, com empresas exportadoras ajudadas nesta sessão pela valorização do dólar, que fechou a 5,1315 reais. Ainda no setor de proteínas, JBS (JBSS3) avançou 4,22%. Entre as companhias de papel e celulose, Suzano (SUZB3) subiu 4,51%. Embraer (EMBR3), que também se beneficia do dólar mais alto, avançou 4,81%.

Vale (VALE3) avançou 3,73%, endossando o fechamento positivo do Ibovespa, mesmo com a queda dos futuros do minério de ferro na China, após rali recente.

Petrobras (PETR4) recuou 0,19% e Petrobras (PETR3) subiu 0,45%, com os preços do petróleo terminando a volátil sessão desta quinta-feira praticamente estáveis, com investidores no aguardo de uma decisão de grandes produtores sobre a possibilidade de cortes recordes de bombeamento serem prorrogados.

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Via Varejo (VVAR3) encerrou com elevação de 3,49%, após anunciar oferta bilionária de ações cujos recursos serão usados para investimento em logística e na melhoria da estrutura de capital. A operação, de até 297 milhões de papéis, com distribuição primária e esforços restritos, deve ser precificada em 15 de junho. A oferta significará uma diluição de 14,5% a 18,6%, se o lote adicional for vendido, de acordo com analistas do Credit Suisse.

Ecorodovias (ECOR3) perdeu 4,23%, entre os destaques de baixa, tendo de pano de fundo dados sobre o tráfego de veículos em suas rodovias. CCR (CCRO3) recuou 3,04%.

Centauro (CNTO3), que não está no Ibovespa, fechou em queda de 3,46%. A dona da rede de lojas de artigos esportivos precifica nesta quinta-feira oferta primária restrita de cerca de 25 milhões de ações para captar recursos para aquisições.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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