Mercados

Ibovespa reverte queda e fecha em alta após sinalização do Fed

07 ago 2019, 18:19 - atualizado em 07 ago 2019, 18:24
O humor dos agentes financeiros melhorou após o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, dizer que é favorável a redução da taxa de juros (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O mercado acionário brasileiro acompanhou a virada das bolsas internacionais e fechou no azul nesta quarta-feira, após o presidente do Federal Reserve de Chicago sinalizar a possibilidade de um novo corte na taxa de juros norte-americana.

Principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa subiu 0,61%, a 102.782,37 pontos. O volume financeiro da sessão somou 19,2 bilhões de reais.

O humor dos agentes financeiros melhorou após o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, afirmar que a inflação lenta e as preocupações com a perspectiva do lado do comércio podem resultar em mais cortes na taxa de juros.

O S&P 500 fechou em alta de 0,07%, após ter chegado a recuar quase 2% durante a sessão.

As preocupações com a demanda em razão da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que nos últimos dias voltaram a elevar o tom nas discussões, apoiaram o viés negativo do Ibovespa na semana passada. Na véspera, porém, houve uma reação.

Para o estrategista Andrew Garthwaite, do Credit Suisse, um acordo EUA-China não deve ocorrer até sinais mais claros de quem é o oponente democrata do presidente Donald Trump na eleição presidencial do próximo ano, conforme nota a clientes.

Em Brasília, a Câmara dos Deputados vota em segundo turno os destaques da reforma da Previdência. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que espera concluir a votação do segundo turno da reforma da Previdência ainda nesta quarta-feira. Depois, o texto segue para o Senado.

Destaques

A Petrobras (PETR4) caiu 1,08%, conforme os preços do petróleo no exterior recuaram fortemente, com a tensão comercial EUA-China pesando sobre as perspectivas para a demanda por energia.

A Vale (VALE3) cedeu 0,3% diante de queda no preço do minério de ferro na China pelo quinto dia, pior desempenho em seis semanas.

A Gol (GOLL4) recuou 3,52%, com o dólar rondando 4 reais, uma vez que a moeda norte-americana tem peso relevante nos custos de companhias aéreas. AZUL PN subiu 0,28%, apesar de números de tráfego no mês de julho, que analistas do Itaú BBA consideraram fortes.

A Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) subiram 3,69% e 2,11%, respectivamente, após o Morgan Stanley elevar a recomendação para os ADRs de ambos, afirmando esperar um período de vários anos de forte crescimento de lucros e expansão do ROE, com impulso do crescimento de empréstimos e ganhos de eficiência. BANCO DO BRASIL cedeu 0,1%.

A Raia Drogasil (RADL4) saltou 9,25%, tocando máximas históricas, após a empresa divulgar na véspera aumento de 13% do lucro do segundo trimestre sobre um ano antes, refletindo contínua expansão da rede de lojas, embora com pequeno recuo nas margem diante de política de preços mais agressiva.

BB Seguiridade (BBSE3) avançou 2,04%, em meio à alta do lucro líquido no segundo trimestre, enquanto elevou projeções para 2019, refletindo a combinação de melhora no desempenho operacional e do resultado financeiro na primeira metade do ano.

Gerdau (GGBR4) caiu 0,92%, após fechar o segundo trimestre com lucro de 373 milhões de reais, queda de 46,5% ante mesmo período de 2018, afetada por desinvestimentos em 2018 e revisão de investimentos para 2019.

A Lojas Americanas (LAME4) recuou 2,4%, após acordo entre a mexicana Femsa e a Raízen na área de lojas de conveniência, em plano que prevê buscar agressivo crescimento nos próximos anos. Para o Brasil Plural, o acordo pode tornar a vida da Lojas Americanas um pouco mais difícil do que o esperado.

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