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Ibovespa se aproxima de recorde após corte de juros e reajuste da Petrobras

19 set 2019, 11:52 - atualizado em 19 set 2019, 11:59
Petrobras
Além da alta de 1,5% dos papeis da Petrobras, ações da B2W saltam 4,4%; bolsa paulista aquecida nesta manhã de quinta-feira (Imagem: Reutes/Paulo Whitaker)

O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira (19), um dia após o Banco Central cortar a taxa básica de juros para 5,5% ao ano, nova mínima histórica, com as ações da Petrobras (PETR3PETR4) entre os principais suportes do Ibovespa seguindo o avanço do petróleo e reajuste nos preços de combustíveis.

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Às 11:35, o Ibovespa subia 0,73%, a 105.297,80 pontos, próximo da máxima de fechamento de 105.817,06 pontos, registrada em 10 de julho. O recorde intradia é de 106.650,12 pontos, alcançado naquele mesmo pregão. O volume financeiro somava 4,58 bilhões de reais.

O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou na quarta-feira a Selic em 0,5 ponto percentual, para 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário em meio à débil recuperação econômica, e sinalizou que o processo deve seguir adiante.

“Ao que tudo indica, o ciclo de corte de juros no Brasil não parou por aí”, destacou a Ágora Investimentos a clientes. Quanto aos próximos passos do BC, a corretora observa que economistas estão divididos sobre a taxa ao final do ciclo, com uma maioria enxergando 5%, mas algumas projeções já apontam 4,75% e 4,5%.

Estrategistas e gestores têm citado os juros mais baixos no país entre os motivos para a performance positiva das ações brasileira, tanto pelo efeito benigno nas despesas financeiras das empresas, o que ajuda nos lucros, como pela migração de investidores oriundos da renda fixa, atrás de maiores retornos.

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“Este cenário de juros predomina no momento frente ao cenário externo”, avalia o estrategista Felipe Sichel, do modalmais. Ele destacou que o corte da Selic foi significativo e o comunicado surpreendeu, motivando ajustes para baixo na expectativa de Selic. “Isso impacta diretamente no ‘valuation’ dos papéis da bolsa.”

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Destaques

Petrobras (PETR3PETR4) valorizava-se 1,5%, favorecida pela alta do petróleo no exterior, além de decisão da companhia de elevar o preço médio do diesel nas refinarias a partir desta quinta-feira após ataques a instalações da Saudi Aramco no fim de semana terem elevado os valores internacionais do petróleo. A petrolífera também obteve decisão favorável do Carf em processo de 16,4 bilhões de reais.

B2W (BTOW3) avançava 4,4%, também reagindo ao cenário para a Selic, além de acordo da sua controladora Lojas Americanas para integração de plataformas de pagamentos que permitirá o acesso da fintech Ame e B2W a mais de 65 mil lojistas que usam os sistemas da Linx.

Lojas Americanas (LAME4) subia 2% e  Linx (LINX3), que não está no Ibovespa, ganhava 5%.

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Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) subiam 0,5% e 0,6%, também embalados pelo ambiente mais positivo no pregão brasileiro.

Cyrela (CYRE3) subia 3,4%, com o setor imobiliário em forte alta, na esteira de perspectivas de novas quedas nos juros, que tendem a beneficar o segmento. No mesmo sentido, papéis de empresas de shopping centers também avançavam, com Multiplan (MULT3) à frente, com alta de 3,9%.

Vale (VALE3) caía 0,4%, após os futuros do minério de ferro na China despencarem nesta quinta-feira, na quarta sessão consecutiva de perdas, enquanto o aço também recuou, em meio a preocupações sobre a demanda futura.

Cielo (CIEL3) perdia 2,8%, destaque na ponta negativa, tendo no radar a parceria entre Lojas Americanas e Linx, além de alta de 17% nos últimos três pregões.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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