Ibovespa deveria estar em 170 mil pontos, diz especialista; veja perspectivas para a Bolsa

Ibovespa pode subir mais? Especialista fala em 170 mil pontos - (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, está próximo de atingir seu recorde nominal histórico. Com a trajetória recente de recuperação, um novo pico pode ser alcançado — mas especialistas recomendam cautela na leitura desse movimento.

De acordo com Alexandre Mathias, economista e estrategista-chefe da corretora Monte Bravo, o desempenho atual da Bolsa pode ser visto como um “copo meio cheio e meio vazio”.

De um lado, há uma valorização expressiva de mais de 12% desde o início de 2025, quando o índice tocou os 120 mil pontos. De outro, o Ibovespa ainda opera praticamente no mesmo nível dos últimos anos e segue descontado em termos de múltiplos de preço sobre lucro.

Recuperação ainda é parcial

Segundo o economista, considerando o crescimento dos lucros das empresas listadas, o índice deveria estar entre 160 mil e 170 mil pontos para refletir, com mais precisão, o desempenho corporativo recente.

Para ele, a alta registrada em 2025 confirma a expectativa de um cenário mais favorável após um 2024 fraco. No entanto, Mathias faz um alerta: alcançar um novo recorde nominal não deve ser confundido com uma recuperação plena.

“A Bolsa brasileira continua barata e descontada. Mas, sem avanços nos fundamentos, especialmente na área fiscal (do Brasil), será difícil sustentar uma valorização até o patamar considerado justo”, afirma.

Estimativas para a Bolsa seguem tímidas

Segundo a pesquisa mensal da XP com seus assessores de investimentos, o sentimento do investidor em relação à Bolsa apresentou melhora entre março e abril, com alta de 15 pontos percentuais.

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Quando o assunto são as projeções para o Ibovespa, a média das estimativas aponta para 132 mil pontos ao fim de 2025 — um leve aumento em relação aos 129 mil pontos do levantamento anterior.

Já a parcela dos que projetam o índice abaixo dos 120 mil pontos recuou 4 pontos percentuais no mês, para 11%, enquanto o grupo mais otimista — que prevê o Ibovespa entre 140 mil e 150 mil pontos — representa 15%.