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Ibovespa segue melhora global e retoma os 118 mil pontos

22 jan 2020, 19:20 - atualizado em 22 jan 2020, 19:27
Mercados Ibovespa
A expectativa de novo corte na taxa básica de juros, que já está em mínima histórica, acrescentou, é mais um elemento que endossa o viés positivo para a bolsa (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa paulista subiu ​nesta quarta-feira, acompanhando a recuperação dos mercados no exterior, favorecido pela trégua nas fortes perdas no setor bancário.

O Ibovespa avançou 1,17%, a 118.391,36 pontos. O volume financeiro da sessão somou 22,5 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa caíra 1,54%, com forte declínio de papéis de bancos e da Vale (VALE3), além de receios sobre um novo vírus na China que adicionaram aversão a risco aos mercados globais.

Na avaliação de Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável do BTG Pactual Digital, parte do desempenho das ações brasileiras nesta sessão refletiu um ajuste a exageros da terça-feira, quando, na dúvida sobre o que se tratava o novo vírus, muitos preferiram realizar lucros.

Ele acrescentou que o investidor permanece otimista com as perspectivas para o cenário local, em particular o andamento das reformas, com a equipe econômica do governo dando sinais claros de que o mesmo empenho dedicado neste ano continuará em 2020.

A expectativa de novo corte na taxa básica de juros, que já está em mínima histórica, acrescentou, é mais um elemento que endossa o viés positivo para a bolsa.

Petrobras
Petrobras  fechou estável, após anúncio de oferta secundária na qual o BNDES (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

No exterior, os norte-americanos S&P 500 e Nasdaq renovaram recordes, com previsões da IBM favorecendo apostas otimistas para a temporada de resultados corporativos, enquanto investidores continuavam avaliando os riscos ligados ao surto de um novo vírus na China.

Em nota, a equipe de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco destacou que a transparência e a rápida reação das autoridades chinesas têm ajudado a aliviar as preocupações, embora o tema siga sendo monitorado.

Destaques

–  Petrobras (PETR3) fechou estável, após anúncio de oferta secundária na qual o BNDES pode vender até 734,2 milhões de ações ordinárias, em operação que deve ser precificada em 5 de fevereiro. Petrobras (PETR4) perdeu 1,1%, com a queda nos preços do petróleo no exterior.

– Itaú Unibanco (ITUB4) fechou com acréscimo de 0,6% e Bradesco (BBDC4subiu 0,36%, após perdas expressivas na véspera, conforme o setor segue pressionado por receios sobre possíveis efeitos nos resultados devido a mudanças regulatórias, maior competição, juros menores e aumento na tributação.

B3 (B3SA3) apreciou-se 6,26%, em meio a expectativas favoráveis para o mercado de capitais brasileiro diante do cenário de juros baixos no país e previsões de retomada da economia nacional, o que deve se refletir em aumento nos volumes negociados na operadora de infraestrutura de mercado.

–  Usiminas (USIM5) saltou 13,93%, tendo no radar relatório do Bradesco BBI citando possibilidade de reajuste de 10% no preço de aços planos para distribuidores e definindo a companhia como sua preferida. CSN (CSNA3) subiu 6,96% e Gerdau (GGBR4) valorizou-se 1,24%.

Vale (VALE3) teve acréscimo de 0,48%, enfraquecida pela . Na visão de analistas do Itaú BBA, a denúncia desta semana contra a empresa por crimes relacionados o rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), no ano passado, tem efeito limitado nas atividades em andamento da Vale.

Eletrobras (ELET3) avançou 5,59%. O Itaú BBA iniciou a cobertura da ação com recomendação ‘outperform’, citando balanço muito atrativo de risco/retorno, com substancial espaço de alta se a companhia for privatizada e queda relativamente limitado se o governo federal desistir.

Marfrig (MRFG3)perdeu 2,02%. JBS (JBSS3) cedeu 0,13%, em meio a notícias de renegociação de contratos de carne com importadores chineses. Minerva (BEEF3) perdeu 7,69%, também pressionada por relatório do Goldman Sachs, que cortou a recomendação da ação a ‘venda’. No setor, a BRF (BRFS3), que anunciou que não está renegociando com suas contrapartes no país asiático, fechou com variação positiva de 0,48%.

Klabin (KLBN11)avançou 5,29%. A empresa disse na véspera que elevará os preços de celulose de fibra curta e longa em 20 dólares a tonelada para a China para os pedidos com entrega a partir de fevereiro. Também assinou acordos para explorar atividade florestal no Paraná. No setor, Suzano (SUZB3) encerrou em alta de 5,04%.

XP Inc. (XP), negociada na Nasdaq, subiu 4,65%, a 42,48 dólares. Na máxima da sessão, a 43,52 dólares, o papel superou os 100 bilhões de reais em valor de mercado, uma valorização de mais de 60% em relação ao preço definido para sua estreia no mercado acionário norte-americano.

Veja o fechamento de outros índices da B3 nesta quarta-feira

– IBrX 100:0,90%, 49.915,95​ pontos.

– IBrX 50:1,02%, 19.243,18 pontos.

– IBrA:0,85%, 4.697,29 pontos.

– Índice Small Cap (SMLL):0,28%, 3.017,43 pontos.

– Índice MidLarge Cap (MLCX):0,94%, 2.256,33 pontos.

– Índice Dividendos (IDIV):0,64%, 6.998,36 pontos.

– Índice Financeiro (IFNC):1,65%, 12.948,44 pontos.

– Índice de Consumo (ICON):0,39%, 5.701,42 pontos.

– Índice de Energia Elétrica (IEE):0,08%, 80.042,60 pontos.

– Índice de Materiais Básicos (IMAT):3,13​%, 4.017,43 pontos.

– Índice do Setor Industrial (INDX):1,77%, 23.095,50 pontos.

– Índice Imobiliário (IMOB):0,15%, 1.495,57 pontos.

– Índice Utilidade Pública (UTIL):0,46%, 9.032,85 pontos.

– Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX):-0,52%, 8.020,61 pontos.

– Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE):1,15%, 4.340,04 pontos.

– Índice de Ações com Governança Diferenciada (IGCX):0,85%, 18.878,16 pontos.

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