Mercados

Ibovespa cai 3,4% com queda da Petrobras; dólar chega a R$ 3,70

17 maio 2018, 18:35 - atualizado em 17 maio 2018, 18:36

O Ibovespa terminou a quinta-feira (17) em queda de 3,37%, a 83.621 pontos, e o dólar foi a R$ 3,70 ao negociar em alta de 0,57%. O mercado brasileiro acompanha o desempenho dos mercados internacionais e ajusta os preços para a decisão do Copom de manter o juro em 6,5% ao ano, enquanto a maioria das expectativas apontava para um pequeno corte de 0,25 ponto percentual.

Wall Street abriu em baixa com o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA continuando a pesar nos mercados, o que compensava dados econômicos contraditórios. O S&P 500 caiu 0,08%, enquanto o Dow Composite recuou 0,22% e o índice de tecnologia NASDAQ Composite voltou de 0,21%.

As bolsas caíram após dados econômicos contraditórios. O número de pessoas que solicitaram assistência ao desemprego na semana passada teve aumento de 11.000, que foi maior do que o esperado, Já o índice da atividade industrial do Fed de Filadélfia subiu para 34,4 em maio a partir de 23,2 em abril.

Copom

Uma parte do mercado financeiro bateu o pé após o Copom ter decidido dar um tempo nos cortes na Selic, mesmo enquanto aproximadamente 70% dos investidores – ao menos aqueles que operam com juros futuros – apostavam firmemente em mais alívio de 0,25 ponto percentual. Isso não aconteceu. Ilan Goldafjn, presidente do Banco Central, declarou missão cumprida após empurrar o juro ladeira abaixo 7,75 pontos percentuais em 20 meses, de 14,25% para 6,5%.

“O cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais.  Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes”, sinalizou o Copom. 

“A curva de juros, como amplamente esperado, se ajustou para cima e ainda embutiu prêmio com a alta do Dólar, tendo o contrato Janeiro 2019 encerrado a 6,60% após fechamento a 6,315% na véspera (incríveis 28,5 pontos de
alta)”, destaca a corretora H.Commcor.

Ações

As ações da Petrobras (PETR4) encerraram esta quinta-feira (17) com queda de 5,3% a R$ 25,95 para as preferenciais e de 4,5% para as ordinárias (PETR3). O preço do petróleo, que segue em alta nos mercados internacionais, ajudou a segurar a desvalorização em dia negativo para o mercado local de ações.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o grupo de cessão onerosa anunciará a decisão na próxima semana. Na última quarta-feira, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que a decisão sobre o adiamento do prazo para o acordo com o governo sobre o assunto foi do governo e não da Petrobras.

Além disso, a estatal apresentou ontem à noite o seu balanço de produção de petróleo em abril, que teve o primeiro crescimento após seis meses.

As ações da Tim (TIMP3) caíram 6,36%, para R$ 13,40. A empresa fechou um acordo com a Telecom Italia para o pagamento de royalties no percentual de 0,5% sobre a receita líquida total, informa a empresa por meio de um comunicado enviado à CVM nesta quinta-feira. A possibilidade de elevar este nível para 0,7% entre 2019 e 2020 foi e foi excluída do contrato

As ações da CSN (CSNA3) caíram 2,82%, a R$ 9,31, com a companhia confirmando que irá aumentar os preços de sus produtos em junho, em percentual acima do esperado pelo mercado. O reajuste chega a 11,75% para laminados a quente e frio, ficando em 8,75% para zincados e folhas metálicas. Para a XP Investimentos, o anúncio é positivo tanto para a CSN quanto para a Usiminas (USIM5), contribuindo positivamente para os resultados do segundo semestre. Com isso, Usiminas teve desvalorização de 0,92% a R$ 10,79.

As ações da Eletrobras (ELET3) operaram com valorização de 1,28%, a R$ 18,99, com os investidores reagindo positivamente à notícia de que o governo estuda usar uma norma do regimento interno da Câmara dos Deputados para acelerar a votação do projeto de lei que autoriza a privatização da companhia.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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