Ibovespa sobe 4% na semana e renova as máximas do ano; dólar cai aos R$ 5,69

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25 abr 2025, 17:15 - atualizado em 25 abr 2025, 17:26

(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) operou lateralmente nesta sexta-feira (25), pressionado pelas ações da Vale (VALE3) e prévia da inflação.

O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,12%, a 134.739,62 mil pontos, de acordo com dados preliminares. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de de 3,92%, renovando as máximas do ano.

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De acordo com Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, o zero a zero do índice veio devido a falta de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O especialista explicou que isso gerou ainda mais incerteza e, consequentemente, um tom mais cauteloso no mercado, após uma sequência de altas.

Além disso, o IPCA-15 subiu 0,43% em abril. A inflação acumula alta de 2,43% no ano e de 5,49% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Banco Central.

Segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times, o dado veio pouco acima das expectativas do mercado. A projeção era de que o índice desaceleraria para 0,42% este mês e aceleraria para 5,48% no acumulado de 12 meses.

Os números de hoje ajudam o mercado a calibrar as expectativas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para dia 7 de maio.

Por fim, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,05%, aos R$ 5,69. Na semana, a divisa acumulou baixa de 2,01% e, em abril, queda de 0,29%.

Altas e quedas no Ibovespa

As ações da Marfrig (MRFG3) marcaram a maior alta da sessão, fechando com +8,45%. Outros frigoríficos, como a BRF (BRFS3), também subiram, retomando fôlego após uma queda pontual no pregão anterior — interpretada pelo mercado como realização técnica dos papéis.

Na ponta negativa, a Vale registrou uma queda de 2,64%, após um balanço do primeiro trimestre (1T25) abaixo das expectativas do mercado. A mineradora registrou um lucro líquido de US$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre de 2025, uma baixa de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Além disso os papéis da Azul (AZUL4) estenderam a queda do último pregão, derretendo 17,37% hoje. Ontem, a companhia aérea informou ao mercado que levantou R$ 1,66 bilhão em sua oferta pública primária de ações preferenciais (follow-on), com a emissão 464 milhões de novas ações.