Mercados

Ibovespa sobe após tombo, mas fragilizado com manutenção de incertezas locais

09 set 2021, 10:35 - atualizado em 09 set 2021, 11:35
Ibovespa
Às 11:33, o Ibovespa subia 0,13%, a 113.561.80 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa subia nesta quinta-feira, em meio a ajustes após um tombo de quase 4% na véspera, mas a melhora era frágil, sem alívio na tensão institucional no país, com paralisações de caminhoneiros adicionando incertezas.

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Às 11:33, o Ibovespa subia 0,13%, a 113.561.80 pontos. O volume financeiro somava 6,2 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa à vista caiu 3,78% na véspera, maior perda percentual diária em seis meses, refletindo preocupações com a pauta econômica do país, após declarações do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de 7 de Setembro.

Ainda na quarta-feira caminhoneiros entraram em cena, com paralisações em vários Estados, o que resultou na divulgação de um áudio por Bolsonaro pedindo a desmobilização do movimento. Ele tem reunião prevista com representantes da categoria ainda nesta quinta.

“Os mercados seguem acompanhando as repercussões do tensionamento no cenário político”, afirmou a XP Investimentos, ressaltando que o clima pesado entre os Poderes torna a agenda econômica do governo mais desafiadora.

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Em pronunciamento nessa manhã, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse que Bolsonaro descumpre a palavra dada ao manter o que chamou de “campanha insidiosa” contra sistema eleitoral.

As negociações na bolsa paulista ainda tinham de pano de fundo o avanço de 0,87% do IPCA em agosto, a maior alta para o mês em 21 anos e acima do esperado, com a taxa em 12 meses se aproximando de 10%.

No exterior, Wall Street adotava um viés positivo, com agentes financeiros analisando números sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego, que recuaram para uma mínima em quase 18 meses.

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Destaques

B3 (B3SA3) subia 2%, respondendo por relevante contribuição positiva, após despencar mais de 8% na véspera, em sessão sem tendência clara no setor financeiro, que também sofreu na quarta-feira. Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 0,1% e Bradesco (BBDC4) recuava 0,8%, enquanto Banco Pan (BPAN4), Banco Inter (BIDI11) e BTG Pactual (BPAC11) avançavam 5%, 3,35% e 1,5%, respectivamente.

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Vale (VALE3) rondava a estabilidade, tendo de pano de fundo queda do contrato mais ativo de minério de ferro de Dalian, na China, enquanto outros papéis do setor de mineração e siderurgia engatavam uma recuperação após forte declínio na véspera, com destaque para Gerdau (GGBR4), em alta de 2%. A Vale divulgou mais cedo atualização das suas estimativas para desembolso de caixa em 2021.

Petrobras (PETR4) recuava 0,7%, em meio à fraqueza dos preços do petróleo no exterior, além das incertezas domésticas, em particular eventuais desdobramentos e reflexos da movimentação de caminhoneiros, que entre as reivindicações está a queda dos preços dos combustíveis.

Méliuz (CASH3) valorizava-se 3,5%, após a novata do Ibovespa afundar mais de 11% na véspera.

Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) recuavam 2,7% e 2%, respectivamente, corrigindo parte da forte alta da véspera, quando reagiram à recomendação da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de aprovação da fusão das duas companhias com a adoção de remédios que mitiguem riscos concorrenciais, que analistas consideraram mais brandos que o esperado.

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(Atualizada às 11:35)

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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