Setor Elétrico

IEA vê geração solar como nova “rainha da eletricidade” em avanço das renováveis

13 out 2020, 16:48 - atualizado em 13 out 2020, 16:48
Energia Solar
A geração a partir de renováveis é a única grande fonte de energia que manteve um ritmo crescente em 2020 (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

A energia solar deve comandar uma disparada na geração de eletricidade por fontes renováveis ao longo da próxima década, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), ao estimar que fontes limpas serão responsáveis por 80% do crescimento na produção global de energia elétrica no período.

Em relatório sobre perspectivas energéticas globais divulgado nesta terça-feira, a IEA afirmou que seu cenário central que reflete intenções políticas e metas já anunciadas mostra que as renováveis devem ultrapassar o carvão até 2025 como principal meio de produção de eletricidade.

A participação combinada das energias solar fotovoltaica e eólica na geração global vai avançar para quase 30% em 2030, ante 8% em 2019, disse a IEA, com expansão média na capacidade solar de 12% ao ano.

“Eu vejo a energia solar se transformando na nova rainha dos mercados de eletricidade do mundo”, disse o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol. “Com base nas configurações atuais de política energética, ela caminha para estabelecer novos recordes de implantação em todos os anos após 2022.”

O amadurecimento da tecnologia e de mecanismos de apoio reduziram os custos para o financiamento de grandes projetos de energia solar, o que ajuda a diminuir de maneira geral os custos de produção, indicou a IEA.

Hoje, a energia solar já é mais barata do que a construção de novas usinas de carvão ou gás na maioria dos países, acrescentou a agência.

A geração a partir de renováveis é a única grande fonte de energia que manteve um ritmo crescente em 2020, afirmou a IEA, com sede em Paris.

Um cenário mais ambicioso que incluiria, por exemplo, a adoção de metas de zero emissões líquidas até 2050– poderia fazer com que a energia solar tivesse um desempenho ainda mais forte, acrescentou o relatório.

reuters@moneytimes.com.br