Iguatemi (IGTI11) reforça guidance após resultado forte no 2T25; ações sobem 2%

A Iguatemi (IGTI11) registrou um segundo trimestre de 2025 (2T25) marcado por forte crescimento de vendas e indicadores operacionais sólidos, sustentados por aquisições estratégicas e pela gestão ativa do portfólio.
As ações sobem após a divulgação do balanço. IGTI11 avança 2,18%, a R$ 21,52.
As vendas totais atingiram R$ 6,3 bilhões, alta de 27,4% em relação ao 2T24, impulsionadas pela incorporação do Shopping RioSul e do Pátio Paulista, além de bom desempenho em datas comemorativas.
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A receita líquida ajustada avançou 27,8%, para R$ 407,2 milhões, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 445,4 milhões, beneficiado por ganhos de capital com a venda do Market Place e do Galleria. O lucro líquido ajustado foi de R$ 208,5 milhões, crescimento de 95,7%.
Os indicadores de varejo mostraram fôlego: vendas nas mesmas lojas (SSS) cresceram 12,1% e nas mesmas áreas (SAS), 14,4%, ambos acima da inflação. A taxa de ocupação chegou a 96,4%, enquanto o custo de ocupação recuou para 10,5% das vendas e a inadimplência líquida permaneceu em apenas 0,3%.
O trimestre também foi marcado pela conclusão da maior operação de M&As do setor, com a aquisição de participações nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, e pela venda de fatias do Complexo Market Place e do Galleria Shopping, reforçando a estratégia de reciclagem de portfólio.
O que dizem os analistas
Para o BTG Pactual, o Iguatemi entregou um trimestre sólido, com crescimento consistente nas vendas e performance operacional forte. A casa destacou o portfólio premium e defensivo e considerou o valuation atrativo, mantendo recomendação de compra.
O Santander também ressaltou a força operacional, citando o avanço real dos aluguéis nas mesmas lojas (5,4 pontos percentuais acima do IGP-M), a alta taxa de ocupação e a inadimplência controlada.
A instituição destacou ainda que a receita líquida superou as projeções em 7,7%, impulsionada pelo bom desempenho das receitas de estacionamento e do iRetail.
Por outro lado, maiores despesas financeiras e perdas em fundos atrelados a moedas estrangeiras, devido à valorização do real, limitaram o avanço no resultado líquido.
A companhia manteve o guidance para 2025, prevendo crescimento de 7% a 11% na receita líquida e margens Ebitda de 75% a 79% no consolidado, com capex entre R$ 330 milhões e R$ 400 milhões.