Iguatemi (IGTI11): Lucro cresce 5,1% no 1T25 em meio a aquisições

A Iguatemi (IGTI11) reportou lucro líquido ajustado de R$ 113,9 milhões, avanço de 5,1% em relação ao 1T24, com uma receita líquida ajustada de R$ 330 milhões, crescimento de 8,5% na mesma base de comparação, mostra o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25) da companhia.
O Ebitda ajustado somou R$ 244,3 milhões, alta de 8,5%, com margem de 74%, mantendo o nível elevado de rentabilidade já característico da companhia. Por outro lado, o FFO ajustado caiu 9,9%, totalizando R$ 138,5 milhões, pressionado pelo aumento das despesas financeiras em um ambiente de juros ainda elevados.
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No operacional, a Iguatemi também mostrou força. As vendas totais dos shoppings atingiram R$ 5 bilhões, um crescimento expressivo de 17% sobre o mesmo período do ano anterior. Os indicadores SSS (vendas mesmas lojas) e SAS (vendas mesmas áreas) avançaram 6,3% e 7,6%, respectivamente.
Além disso, a companhia registrou uma taxa de ocupação de 96,6%, alta de 2,5 pontos percentuais na comparação anual. O custo de ocupação, importante métrica para os lojistas, caiu para 11,8%, o menor patamar desde 2015. A inadimplência líquida ficou em apenas 1,4%, reforçando a qualidade do portfólio.
Expansão com foco premium
O trimestre foi marcado pela conclusão da maior operação de M&A do setor, com a aquisição de participações nos shoppings Pátio Higienópolis (29%) e Pátio Paulista (11,5%), em um negócio de R$ 2,6 bilhões, dos quais a Iguatemi deve desembolsar cerca de R$ 700 milhões após reestruturação societária. O investimento oferece um cap rate estimado de 7,4% a 9,3% e uma TIR real de 11,8% ao ano.
Como parte de sua estratégia de rotação de portfólio, a companhia também anunciou a venda de 49% dos shoppings Market Place e Galleria, por R$ 500 milhões, com cap rate de 9%.
Dívida sob controle e guidance mantido
A Iguatemi encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 1,84 bilhão, redução de 2,4% frente ao 4T24. A alavancagem, medida pela razão dívida líquida/Ebitda ajustado, caiu para 1,76x, mantendo-se dentro da meta de permanecer abaixo de 2x.
Para 2025, a companhia manteve seu guidance de crescimento da receita líquida entre 7% e 11%, com investimentos entre R$ 330 milhões e R$ 400 milhões, sendo boa parte direcionada à expansão e desenvolvimento imobiliário.
A Iguatemi também iniciou o ano com mudanças na liderança. Ciro Neto, ex-Vice Presidente Comercial, assumiu como novo CEO, sucedendo Cristina Betts. A transição foi acompanhada de uma renovação na estrutura organizacional e reforço do conselho de administração com nomes independentes e reconhecidos do mercado.
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