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Imobiliárias puxam IPOs no Brasil, com Pacaembu à frente; saiba mais

07 fev 2024, 12:30 - atualizado em 07 fev 2024, 12:30
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Construtora tem planos concretos para fazer uma IPO assim que for possível (Imagem: Divulgação/Pacaembu)

Após um período de jejum na estreia de empresas na Bolsa de Valores, com as chamadas ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês), as imobiliárias podem ser as primeiras a voltar a agitar o mercado. O nome principal dessa história é a construtora Pacaembu.

Os IPOs não são vistos no Brasil desde agosto de 2021, com a estreia da Vittia (VITT3), empresa do setor de fertilizantes, na Bolsa. Esse é o maior período sem ofertas há duas décadas.

As primeiras a darem o pontapé inicial podem ser as imobiliárias. De acordo com o IM Business, nomes como Vitacon, You,Inc, Emccamp e principalmente a Pacaembu, podem estar à frente.

O momento é favorável por alguns motivos, em especial por conta da diminuição da taxa de juros no Brasil, com cortes na taxa Selic, e cortes nas taxas dos Estados Unidos pelo Federal Reserve.

Para as construtoras, outro fator também entra na equação: as mudanças no Minha Casa Minha Vida (MCMV).

As novas regras aumentaram subsídios para as famílias, reduziram juros de financiamentos e ampliaram o valor máximo dos imóveis do programa.

Para a Pacaembu, a mudança é especialmente favorável por conta das alterações na Faixa 1. Esse segmento recebeu a aprovação do “FGTS Futuro”, do Regime Especial de Tributação (RET1) e do Fundo Garantidor Habitacional. Essas medidas complementam a renda familiar e permitem financiar os imóveis.

Victor Almeida, chairman da Pacaembu, em entrevista ao Brazil Journal, afirmou que a ideia é fazer um IPO assim que “uma próxima janela abrir”, realizando uma oferta que avalie o negócio entre R$ 1 e R$ 1,5 bilhão. A faixa de venda da parcela está entre 25% e 45%.

Victor ainda afirmou que as mudanças no MCMV irão incluir muitas famílias no programa, aumentando o mercado endereçável da construtora.

A Pacaembu tem 70% de seus negócios na faixa 1 do programa, com construções destinadas às famílias que recebem até R$ 2,6 mil por mês. O restante está presente na faixa 2, para aquelas com renda familiar de até R$ 4,4 mil.

Pacaembu já tentou IPOs anteriormente

A pandemia foi um período turbulento para as construtoras, com aumento na inflação de insumos dos materiais de construção e alta nos juros brasileiros. Nesse cenário, a Pacaembu desistiu das IPOs previstas para 2020.

A ideia é fazer com que a família Almeida ainda esteja por trás dos negócios.

“Ter uma família controladora por trás alinha melhor a estratégia de longo prazo. Todas as decisões que tomamos são olhando para daqui 10, 20 anos, e para tornar a empresa perene, e não para o resultado do próximo trimestre”, afirmou o chairman.

Com as ofertas, a empresa usaria o lucro obtido por ações para realizar mais investimentos em suas construções. O norte da Pacaembu é a realização de condomínios com bairros prontos, com infraestrutura completa que contém, por exemplo, ruas asfaltadas e saneamento básico.

A construtora nasceu no Estado de São Paulo e vem expandindo seus negócios no Brasil. O primeiro projeto fora de São Paulo foi em Goiás, durante um movimento de expansão em direção ao Centro-Oeste que agora contempla também o Estado do Mato Grosso.

Além dessa região, a Pacaembu busca expandir seus negócios no Sul do país, com empreendimentos no Paraná.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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