Boi

Impacto da pandemia mostra diferenças entre importadores de carne bovina, fora China

08 maio 2020, 16:28 - atualizado em 08 maio 2020, 16:33
Carnes
China à frente, as exportações de carnes para outros mercados vêm de gangorra em abril (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os resultados das exportações de carne bovina em abril – 137,6 mil toneladas em US$ 516 milhões em receitas -, apresentam panoramas diferentes dos impactos da pandemia nos principais mercados de destinos do Brasil, excetuando China e Hong Kong.

Entre os 20 maiores clientes, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), três tiveram quedas expressivas e dois subiram bastante, em volume, e os ganhos em receita cambial, após a explosão do dólar desde março, são satisfatórios.

O terceiro e o quarto maiores participantes em 2019, Egito e Chile, somados, reduziram suas importações em 58,4%.

O país do Norte da África levou 27,2 mil toneladas e representou menos 44,1%; o país sul-americano reduziu suas compras em 14,3% e recepcionou 26,7 mil/t. Mas o valor da carne exportada ao Chile é bem mais saudável, por representar praticamente só boi mais jovem, igual o padrão China, por exemplo.

Emirados Árabes igualmente importou menos, 57,8%, mas os volumes absolutos são bem mais baixos.

Os portos que tiveram expansão nos desembarques da carne bovina do Brasil foram a Rússia, que ao adquirir 25,1 mil/t cresceu 42,8%, e Arábia Saudita, em 57,8%, embora este também compre quantidade relativamente menor que os outros.

A seguir essa linha, a Abrafrigo, uma das entidades do setor de frigoríficos, acredita em alta moderada em 2020 (1,847 milhão/t em 2019), mas com ganhos em dólares de 10%, que o ano passado geraram US$ 7,5 bilhões.

Naturalmente entrando em cena a China continental e Hong Kong, na folgada liderança dos destinos, que somaram pouco mais de 80 mil/t importadas o mês passado (53,7% da movimentação total), contra pouco mais de 75 mil/t do mês anterior.

Segundo a Abrafrigo, no acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, as exportações atingiram 543.881 toneladas, com receita de US$ 2,4 bilhões. Isso significa um crescimento de 1% em volume e de 19% na receita, em comparação com o mesmo período de 2019.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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