Carnes

Impacto no comércio chinês por epidemia alerta exportadores de carnes

27 jan 2020, 13:17 - atualizado em 27 jan 2020, 14:04
China Carnes
Setores exportadores de carnes monitoram situação das compras do Brasil diante do coronavírus (Imagem: REUTERS/Fang Nanlin)

Um diretor de frigorífico habilitado pela China, na última leva de autorizações, recebeu fotos de um cliente de lá mostrando Xangai bem esvaziada. Entre a população receosa e as áreas que as autoridades isolaram, está o temor de avanço no recuo da atividade econômica do país – e de outros que já detectaram a presença do coronavírus – impactando o comércio e a cadeia importadora de proteína animal.

O executivo pediu reserva de seu nome, da empresa e sua localização, até para não ser taxado de alarmista. Mas ele que já vinha cético com o apetite chinês esfriado desde dezembro – depois da pressão por reformular contratos e preços sobre as vendas do Brasil – mantém o pessimismo, mesmo que a China siga precisando adquirir carnes de fornecedores internacionais.

Na Associação Catarinense de Avicultura, o presidente José Antonio Ribas, dos Estados Unidos, onde participa de uma feira, diz monitorar a situação. “Obviamente que estamos observando, pois as ações de saúde podem, indiretamente, afetar o comércio”, diz.

As commodities agrícolas já estão precificadas nas bolsas, como Money Times trouxe mais cedo nesta segunda (27). A especulação também vai chegar às carnes, a depender do tempo que levará para controle da epidemia e da sua abrangência, que parecem descontroladas.

O otimismo que estava voltando com os chineses podendo voltar às importações após o fim do Ano Novo Lunar passou a ser um sentimento de neutralidade. No mínimo. O feriadão foi estendido pelas autoridades a fim se evitar maior circulação das ruas.

As principais entidades nacionais de produtores de carne bovina, Abiec e Abrafrigo, foram solicitadas a se pronunciar. A ABPA, de suínos e aves, informou que não se manifestará neste momento.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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