Economia

Em crise EUA-Irã, foco do BC é possível impacto sobre inflação, diz Campos Neto

09 jan 2020, 16:39 - atualizado em 09 jan 2020, 16:40
Importante é olhar o impacto do conflito nas variáveis macroeconômicas, explica Campos Neto sobre a  escalada de tensão no Irã (Imagem: Reuters/Leonhard Foeger)

Na recente crise entre Estados Unidos e Irã, para o Banco Central o importante é avaliar como os eventos podem afetar o canal de transmissão para a inflação no Brasil, afirmou nesta quinta-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

“Importante é olhar o impacto do conflito nas variáveis macroeconômicas e como nós entendemos que as variáveis macroeconômicas influenciam nossas projeções”, afirmou ele, em coletiva de imprensa.

Campos Neto exemplificou que o petróleo havia subido no primeiro dia do “conflito recente do Irã”, mas que já estava sendo cotado abaixo do patamar de antes do ataque de drone dos EUA que matou o poderoso general iraniano Qassem Soleimani em Bagdá no dia 3 de janeiro.

“A única coisa que podemos mencionar é que depende dos impactos que vão ter. Temos dois elementos que tiveram volatilidade grande: petróleo e carne. Para o BC o importante é como isso afeta canal de transmissão”, afirmou ele.

O BC cortou os juros básicos em 0,50 ponto em sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de dezembro, à mínima histórica de 4,5%. O próxima encontro do colegiado ocorre em 4 e 5 de fevereiro.

Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é de mais um corte na Selic no próximo mês, mas de 0,25 ponto.

Em sua fala inicial, Campos Neto afirmou que o BC vê a inflação ancorada no médio e longo prazo.

Já em relação ao cenário externo, o presidente do BC disse que há “princípio de consenso” sobre estabilização e início de melhora da expectativa de crescimento global.

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