Imposto de Renda

Imposto de Renda: Com reajuste, 29,1 milhões de contribuintes seriam isentos, aponta estudo

29 jan 2024, 16:05 - atualizado em 29 jan 2024, 16:05
Imposto de Renda, Impostos, Brasil, Economia
Caso corrigida, cerca de 29 milhões de contribuintes seriam isentos de pagar o Imposto de Renda (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Se a tabela do Imposto de Renda fosse corrigida, considerando o acumulado da inflação de 1996 até 2023, mais de 29 milhões de contribuintes estariam isentos, aponta um estudo do Sindicato dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O estudo usou o mais recente dado de inflação, divulgado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — referente a dezembro, de 4,62%.

O sindicato aponta que, no ano-calendário de 2022, 14,6 milhões de declarantes situam-se na faixa de isenção. Caso a tabela fosse corrigida, o número aumentaria para 29,19 milhões de pessoas.

Ou seja, segundo os cálculo, há uma defasagem de 149,56% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Comparado a dezembro de 2022 — no qual registrava uma defasagem de 148,07% —, houve um aumento de 1,49%.

  • É possível voltar a sonhar com a Magazine Luiza (MGLU3)? Varejista aprova aumento de capital privado de R$ 1,25 bilhão, e o analista Fernando Ferrer responde se notícia pode mudar o jogo para a empresa. Confira no Giro do Mercado desta segunda-feira (29):

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Imposto de Renda: O que diz o estudo?

Em 2023, apenas o limite de isenção foi ajustado, passando de R$ 1.903,98 para R$ 2.112. Isso representa uma taxa de correção de 10,93%.

O estudo ainda destaca que uma parte significativa das pessoas que hoje contribuem com 27,5% de alíquota de IRPF não pagariam o tributo se a tabela fosse corrigida em sua integralidade.

Nessa linha, conforme os cálculos, nenhum contribuinte cuja renda tributável mensal seja inferior a R$ 4.899,69 pagaria o Imposto de Renda. Apenas a partir desse valor incidiria a alíquota inicial, de 7,5%. No caso da contribuição máxima, o imposto alcançaria apenas os indivíduos com renda mensal acima de R$ 12.176,03.

Segundo Tiago Barbosa, vice-presidente do Sindifisco Nacional, apesar de o governo federal ter encontrado uma solução que diminui a injustiça fiscal, a correção da defasagem total da tabela implicaria uma renúncia fiscal de R$ 135,8 bilhões, havendo perda significativa de arrecadação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Existem medidas como uma maior tributação do topo da pirâmide social que poderiam fazer essa compensação. Esta é uma questão central que deve fazer parte da reforma tributária da renda que, esperamos, seja discutida ainda este ano no Congresso Nacional”, afirma Barbosa.

O sindicato ainda menciona que a não correção das demais faixas fez com que os contribuintes, em termos agregados, pagassem mais do que no ano anterior.

Dessa forma, a não correção ou a correção parcial em relação à inflação aumenta a carga tributária e penaliza de maneira mais acentuada o contribuinte de menor renda.

O sindicato afirma que defende a correção da Tabela do IRPF e respectivas parcelas a deduzir, bem como demais deduções por dependente pelo índice integral da inflação oficial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Linkedin
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações.
Linkedin

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar