Incerteza global pressiona commodities mas abre oportunidade para o agronegócio latino-americano, diz Moody’s

A política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda pode abrir oportunidades para o agronegócio latino-americano, segundo a Moody’s.
Os analistas veem os exportadores de commodities como metais e mineração mais expostos na região, enquanto os setores de grãos e proteínas devem ser impulsionados pelo crescimento da demanda da China.
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A agência ressalta que os efeitos das tensões comerciais variam em toda a região. O comércio desempenha um papel mais importante na economia do México do que em outros países, e a maioria das exportações mexicanas e colombianas têm como destino os EUA, enquanto a China é o maior parceiro comercial do Brasil, Chile e Peru.
De acordo com a Moody’s, a incerteza comercial persistente será mais difícil para os exportadores mexicanos, que dependem mais de produtos manufaturados do que outros países da região focados em commodities.
Oportunidades para o Brasil
Quanto ao Brasil e a Argentina, os analistas classificam os países como economias particularmente robustas e bases de exportação diversificadas.
Apesar de serem afetados pela incerteza comercial, os países possuem vantagens estratégicas em comparação com seus pares na região. A Moody’s considera que a diversificação global e, em alguns casos, as operações nos EUA beneficiarão as empresas do setor de proteína.
A demanda da China por outros produtos agrícolas também aumentaria à medida que os EUA reduzirem suas exportações para o país.
Embora as mudanças nos fluxos comerciais intensifiquem a volatilidade dos preços, a demanda por soja e milho do Brasil e da Argentina devem aumentar. A agência cita a Rumo (RAIL3) como uma das empresas beneficiadas pela ampliação do transporte de grãos.