BusinessTimes

Inclusão da chinesa Xiaomi em lista de Trump encolhe fortuna de CEO bilionário

17 jan 2021, 9:00 - atualizado em 15 jan 2021, 9:21
As ações da Xiaomi fecharam em alta recorde na semana passada e, em dezembro, o valor de mercado da empresa ultrapassou US$ 100 bilhões (Imagem: . Reuters/Edgard Garrido)

A surpreendente inclusão da Xiaomi pelo governo Trump na lista de empresas com proibições custou muito caro aos principais executivos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lei Jun, CEO que cofundou a fabricante de smartphones há cerca de uma década, perdeu quase US$ 3 bilhões com a queda recorde de 10% das ações, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg. Lin Bin, vice-presidente da empresa, perdeu US$ 1,5 bilhão, e a fortuna de pelo menos cinco outros acionistas bilionários também encolheu.

Enquanto o setor de tecnologia da China era atingido pelo crescente escrutínio do país asiático e outros vetos de Trump, a Xiaomi prosperava. A empresa de Pequim superou as vendas de smartphones da norte-americana Apple (AAPL) no terceiro trimestre e ganhou participação de mercado da Huawei Technologies, que foi prejudicada pelas sanções dos EUA.

As ações da Xiaomi fecharam em alta recorde na semana passada e, em dezembro, o valor de mercado da empresa ultrapassou US$ 100 bilhões e finalmente atingiu a meta da abertura de capital em 2018.

Mas a mais recente investida do governo Trump em seus dias finais rapidamente levou a empresa abaixo daquele nível.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A mudança surpreendeu investidores, porque as proibições anteriores se concentraram em empresas chinesas com laços militares e valor estratégico para o crescimento do setor de tecnologia. A Xiaomi disse que não pertence e nem é controlada por militares da China.

Lei, dono de mais de 25% da Xiaomi, agora tem fortuna de US$ 28,2 bilhões em comparação a US$ 33,2 bilhões quando as ações atingiram uma máxima na semana passada, enquanto o patrimônio de Lin soma US$ 10,1 bilhões.

Lei começou o ano como o quarto magnata de tecnologia mais rico da China, logo atrás de Jack Ma, cuja fortuna diminuiu cerca de US$ 10 bilhões desde o final de outubro em meio ao maior escrutínio do governo sobre seu império.

Compartilhar

bloomberg@moneytimes.com.br