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Índia deve retirar subsídio à exportação de açúcar na nova temporada

17 ago 2021, 9:32 - atualizado em 17 ago 2021, 9:32
Cana-de-açúcar
Aumento nos preços internacionais da commodity torna mais fácil a venda por parte das usinas do país nos mercados globais (Imagem: Reuters/Rajendra Jadhav)

A Índia deverá retirar seus subsídios à exportação de açúcar na nova temporada, que começa em outubro, à medida que um forte aumento nos preços internacionais da commodity torna mais fácil a venda por parte das usinas do país nos mercados globais, disse nesta terça-feira uma autoridade de alto escalão do governo local.

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“No momento, o governo não está considerando nenhum subsídio para o ano que vem”, afirmou em entrevista à Reuters o funcionário público mais graduado do Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública da Índia, Sudhanshu Pandey.

“Nas circunstâncias atuais, da forma como vemos o cenário, parece não haver necessidade do apoio dos subsídios. Se as exportações podem acontecer por si só, também é melhor para os mercados globais que nenhum subsídio seja concedido”, disse ele.

A Índia, maior produtora mundial de açúcar depois do Brasil, concedeu incentivos às vendas externas por três anos seguidos, ajudando Nova Délhi a emergir como um exportador significativo e estável da commodity.

Fornecedores rivais se opuseram com frequência aos subsídios da Índia às exportações de açúcar. Após protestos realizados por Brasil, Austrália e Guatemala, a Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu criar painéis em 2019 para avaliar as reclamações contra a medida tomada pela Índia –que, por sua vez, sustenta que os subsídios não violam regras da OMC.

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“A demanda pelo açúcar indiano vai aumentar, então os preços (globais) devem se firmar. Pode não haver necessidade de subsídio”, reiterou Pandey.

Na terça-feira, os contratos futuros do açúcar bruto negociados em Nova York atingiram uma nova máxima de quatro anos e meio, apoiados por compras realizadas por fundos frente a um cenário de ofertas apertas.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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