Índices de Wall Street caem com Trump e Powell

Wall Street operou em forte volatilidade nesta segunda-feira (21) e encerrou a sessão em tom negativo. As declarações do presidente Donald Trump contra Jerome Powell, do Federal Reserve, pressionou os índices norte-americanos.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: -2,48%, aos 38.170 pontos;
- S&P 500: -2,36%, aos 5.158 pontos;
- Nasdaq: -2,55%, aos 15.870 pontos.
O que movimentou Wall Street hoje?
Mais cedo, Trump publicou em sua rede social que a economia dos Estados Unidos pode desacelerar, a menos que as taxas de juros sejam reduzidas imediatamente.
“Com esses custos tendendo tão bem para baixo, exatamente o que eu previ que eles fariam, quase não pode haver inflação, mas pode haver uma DESACELERAÇÃO da economia, a menos que o Sr. Too Late, um grande perdedor, reduza as taxas de juros, AGORA”, disse Trump em um post no Truth Social.
Desde o período da campanha eleitoral, Trump vem criticando a postura do Fed e já deixou claro que quer Powell fora do cargo de presidente da autoridade monetária.
Na semana passada, as críticas do republicano se intensificaram após Powell alertar sobre os potenciais efeitos das tarifas na economia e minimizar a probabilidade de cortes nas taxas de juros em breve.
Um assessor da Casa Branca havia dito na sexta-feira (18) que Trump e sua equipe estudariam se demitir Powell era uma opção.
“O mercado reage ao aumento das incertezas relacionadas às políticas do governo Trump neste início de mandato. Hoje, as preocupações estão especialmente concentradas na independência do Federal Reserve, após fortes declarações do presidente Trump criticando a atual política de juros do Banco Central americano e rumores sobre uma possível demissão do presidente do Fed, Jerome Powell. Esse é um ponto de extrema sensibilidade, com potencial para gerar grande volatilidade nos mercados dos EUA e provocando uma fuga de ativos dolarizados”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
O especialista ainda destaca que houve poucos avanços nas negociações comerciais entre os países impactados pelas tarifas, sinalizando um progresso limitado e sugerindo que esse fator de risco possa se estender além do período de pausa de 90 dias inicialmente previsto.
Além disso, outra preocupação crescente é a relação entre Estados Unidos e China, com temores de que a escalada das disputas comerciais ultrapasse as questões econômicas e envolva elementos geopolíticos mais amplos.
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*Com informações da Reuters