Economia

Indústria do Brasil tem em maio primeira contração desde o fim de 2023, mostra PMI

02 jun 2025, 10:05 - atualizado em 02 jun 2025, 10:05
Camex
(Imagem: Pixabay/gefrorene_wand)

A atividade industrial do Brasil registrou contração em maio pela primeira vez em 17 meses, afetada pela fraqueza da demanda, embora a confiança ainda permaneça elevada, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI).

Divulgado nesta segunda-feira, o PMI de indústria do Brasil, compilado pela S&P Global, caiu em maio a 49,4, nível mais baixo desde dezembro de 2023 e indicando deterioração das condições operacionais. Em abril, o indicador estava em 50,3. O nível de 50 separa crescimento de contração.

O levantamento apontou que maio registrou níveis mais baixos de novas encomendas e de produção em relação a abril. A queda na produção foi a primeira em quatro meses e a mais intensa desde julho de 2023.

Os fabricantes brasileiros também notaram queda nas encomendas de exportação em maio, ainda que menos intensa do que em abril. Houve particularmente vendas menores para clientes da América do Sul e dos Estados Unidos.

Ainda assim, expectativas de que as condições adversas terão vida curta impulsionaram a confiança e sustentaram a criação de empregos no setor em maio.

Os fabricantes melhoraram suas perspectivas de crescimento em maio e o nível de sentimento positivo foi o mais forte em nove meses, depois de ter marcado o menor patamar em cinco anos em abril.

As empresas apostam que aquisições, lançamentos de novos produtos, contratações e investimentos em tecnologia darão suporte à produção ao longo dos próximos 12 meses.

Isso, aliado aos lançamentos programados de novos produtos, ajudaram na criação de empregos, que aumentaram pelo 22º mês seguido, no ritmo mais forte desde fevereiro.

“Embora as empresas estivessem mais otimistas, o setor industrial segue em uma posição delicada. Se a tendência de demanda fraca persistir, corremos o risco de ver o setor cada vez mais pesando sobre o desempenho econômico”, alertou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

Em relação à inflação, os aumentos foram mais fracos tanto dos custos de insumos quanto dos preços de produção. A taxa de inflação dos preços dos insumos foi a mais mais fraca em 14 meses, com os entrevistados citando apreciação do real contra o dólar e maior oferta de produtos chineses. Houve relatos de preços mais baixos de alumínio, alguns alimentos, petróleo, resinas e zinco.

A competição forte e o encolhimento do mercado, aliados à redução das pressões de custos, ajudaram a conter a inflação de produtos industriais em maio, com a taxa de inflação marcando o ritmo mais lento desde março de 2024.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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