Economia

Acabaram as deflações? Gasolina deve pesar mais uma vez no IPCA; veja o que esperar

10 out 2023, 17:00 - atualizado em 10 out 2023, 16:24
inflação ipca
O IPCA, que mede a inflação, deve registrar nova alta em setembro. (Imagem: Getty Images Signature)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve registrar nova alta de 0,28% em setembro, após subir 0,23% no mês anterior. Na variação de 12 meses, a inflação deve saltar para 5,20%. A leitura será divulgada na quarta-feira (11), às 9h.

É o que aponta a estrategista da Warren Rena, Andréa Angelo, ao projetar que a pressão virá do grupo transportes (+1,37%). Segundo Angelo, o principal destaque do grupo devem ser os efeitos dos reajustes de diesel e gasolina (+2,30%) em 16 de agosto, além da alta de 13,29% de passagem aérea em setembro.

Por outro lado, o grupo alimentação no domicílio deve manter a deflação, porém com menor intensidade. “Esperamos continuidade da deflação de preços de Hortaliças e verduras, Carnes, Leites e derivados e panificados”, diz.

A estrategista também espera um risco baixista em higiene pessoal. “Somente o grupo de cuidados pessoais levaria o IPCA do mês para 0,23%”, avalia.

A Warren estima um IPCA de 4,6% ao final de 2023, abaixo do teto da meta. Para 2024, a projeção é de 3,9%.

Já, os economistas consultados pelo Banco Central esperam uma inflação em 4,86% em 2023 e em 3,88% no próximo ano, segundo os dados do Relatório Focus desta semana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o núcleo da inflação?

Já no núcleo, as principais medidas deverão apontar variação média de 0,25% no mês e 5,1% em 12 meses, diz a especialista da Warren. Se confirmado, deve apresentar ligeira desaceleração em relação a aceleração de 0,24% em agosto e 5,2% anual.

A inflação de serviços subjacentes, por sua vez, poderá atingir 0,29%, acima do mês anterior e abaixo média de 0,41% — que rodou nas últimas quatro leituras.

“Esperamos que a desinflação de serviços subjacentes se intensifique até encerrar o ano abaixo de 5%. E, nas nossas contas, a medida dessazonalizada e anualizada de média móvel 3 meses da média dos núcleos poderá apontar número entre 3,5% e 3,8% na ponta”, avaliam.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.