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Inflação do algodão ignora IPCA e preços internos disparam, inclusive com exportações lentas

29 nov 2021, 13:37 - atualizado em 29 nov 2021, 14:23
Algodão eua
Algodão sobe contra a corrente do mercado consumidor e exportador (Imagem: REUTERS/Elijah Nouvelage)

Pelos dados que circundam o mercado de algodão, os preços deveriam estar em queda no mercado interno. Mas encontram suporte até em fundamentos de pressão.

A inflação captada pelo IBGE avançou 1,17% em novembro. No acumulado de 12 meses, o IPCA foi a 10,73%. O grupo vestuário participou com 1,59% no mês.

Nas análises da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), que registra boa parte da negociação da pluma no Brasil, se atribui a alta da commodity aos repasses para os preços dos custos da produção, a despeito de, por lógica, o consumo de roupas poder ter caído.

Outro fator que vai contra são as vendas externas mais lentas, também de acordo com o notado pelos analistas da BBM, inclusive pela dificuldade logística com contêineres e espaços no navio, portanto deveria ter mais oferta disponível para o mercado.

Porém, os produtores seguram as vendas, à espera de melhores preços.

Assim, pelo levantamento da BBM, o algodão em pluma posto em São Paulo, até exta segunda (29), avançou 6% em 30 dias, para R$ 6,26 por libra-peso.

Pelo Cepea, até sexta, a variação mensal foi de 6,57% acima, quando fechou em R$ 6,33 l/p.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.