Mercados

Inflação dos EUA faz maravilhas pelo investidor nesta quarta-feira; mas dado é suficiente para mudar rota do Fed?

12 jul 2023, 12:34 - atualizado em 12 jul 2023, 12:34
Inflação Global, Pesquisa Ibovespa Wall Street Nova York
Dado de inflação ajuda a retomar o apetite por risco nas principais praças globais (Imagem: REUTERS/Jim Vondruska)

A inflação registrada no mês de junho nos Estados Unidos está sendo muito bem recebida pelos mercados nesta quarta-feira (12).

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Na base mensal, o CPI indicou uma alta de 0,2% dos preços, acelerando em relação ao mês de maio; por outro lado, no acumulado dos 12 meses, houve uma desaceleração de 4,0% para 3,0% entre os últimos dois meses.

Mas é o dado do núcleo, que exclui componentes voláteis como energia e alimentos, que carrega o ‘ar da graça’. A chamada inflação subjacente recuou abaixo dos 5,0% pela primeira vez desde outubro de 2021, aos 4,8% no confronto anual.

Com isso, o apetite por risco voltou às praças globais, com os três principais índices de Wall Street operando com fortes ganhos. Além de Nova York, o bom humor reina nas Bolsas da Europa e do próprio Ibovespa.

O suporte aos ativos de risco também fora dos Estados Unidos ocorre paralelamente ao enfraquecimento do dólar diante de suas principais contrapartes, como elenca Eduardo Moutinho, da Ebury.

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“A divisa norte-americana recuou contra seus principais concorrentes, depois que o relatório de inflação dos EUA de intensificou as apostas de que o ciclo de aumento das taxas do Federal Reserve pode estar chegando ao fim”, contextualiza Ebuty.

Para o time de análises macroeconômicas da XP, embora haja um forte efeito de base na medida de junho (dado a alta magnitude do número de junho de 2022), o CPI de junho mostra sinais notáveis descompressão da margem.

Esmiuçando o indicador, a XP faz destaque à contínua queda do índice de serviços, que o Federal Reserve disse ser a principal medida a ser observada no momento.

“O índice de serviços, com exceção do aluguel de moradia,  mostrou variação mensal mais moderada de 0,15% em junho. Sua variação anual caiu de 4,17% para 3,22%”, aponta a análise.

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Suficiente para fazer o Fed mudar de ideia?

Embora positivo, a XP não crê que o dado divulgado hoje tenha forças para causar uma correção de rota nos juros, principalmente após o atravessado payroll da última sexta-feira.

Parte majoritária dos membros do Fomc, como apontou a ata divulgada na última semana, é favorável à retomada do aperto, após a pausa ‘fake’ de junho. Com isso, os juros americanos deverão subir a banda de 5,25-5,50%, conforme prevê mais de 92% das apostas do Fed Funds.

Mas se a leitura do dia pode não acarretar mudanças imediatas para o cenário de juros, no escopo de médio-prazo a influência do dado em prol do encerramento do ciclo de juros cresce.

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Para Mourinho, “aumentos adicionais não são garantidos e estamos cada vez mais confiantes de que o aumento de julho será o último do ciclo atual, antes do início dos cortes nas taxas em algum momento do primeiro semestre de 2024.”

Em concordância, a XP entende que a alta de 0,25 pp. deste mês será a última do ciclo, alcançando a taxa terminal a 5,5% — ligeiramente abaixo da projeção mediana dos membros do Fomc.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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