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Inflação e altas de juros à frente: bancos se mostram cautelosos com economia dos EUA

14 abr 2022, 15:06 - atualizado em 14 abr 2022, 15:06
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Os grandes bancos dos EUA estão divulgando resultados em um momento de alta da inflação, o que pode levar o Federal Reserve a aumentar as taxas de juros de forma mais incisiva neste ano (Imagem: Roger Kisby/Bloomberg)

Os principais bancos e gestores de ativos de Wall Street foram cautelosos com a economia ao detalhar como consumidores e clientes institucionais enfrentam dificuldades para lidar com a inflação nas alturas e os iminentes aumentos das taxas de juros.

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Os grandes bancos dos EUA estão divulgando resultados em um momento de alta da inflação, o que pode levar o Federal Reserve a aumentar as taxas de juros de forma mais incisiva neste ano.

Embora isso possa beneficiar os grandes bancos, aumentando o que ganham com os empréstimos, aumentos rápidos das taxas de juros podem desacelerar a economia e prejudicar uma recuperação inicial dos efeitos da pandemia.

“Todos os nossos clientes estão sentindo o impacto das pressões inflacionárias em geral”, disse o diretor financeiro do Wells Fargo, Mike Santomassimo, a jornalistas.

Os consumidores de baixa renda estão sendo os mais afetados pelo aumento dos preços de energia e alimentos, disse o presidente do Wells Fargo, Charles Scharf, em teleconferência.

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O presidente executivo do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, alertou na quarta-feira para as incertezas econômicas, em parte decorrentes da alta da inflação.

Muitos analistas e investidores de Wall Street acreditam que o Fed agiu devagar demais para combater a elevada inflação e agora estão prevendo aumentos de juros mais agressivos, à medida que o banco central tenta fechar a lacuna.

Dimon previa anteriormente de 12 a 15 aumentos de juros –ou um acumulado de 300 a 375 pontos-base– neste ciclo de alta. Na quarta-feira, ele disse ver mais acréscimos nas taxas do que o mercado está precificando, atualmente 3% ao fim de 2023.

“Essas são nuvens de tempestade no horizonte que podem ou não desaparecer”, disse Dimon. “Isso é um fato. E eu estou bastante consciente disso e espero que isso por si só crie volatilidade e preocupações.”

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Dimon disse que o aperto do Federal Reserve, à medida que o banco central reverte as compras de títulos adotadas durante a pandemia, será “mais substancialmente importante do que outras pessoas pensam, porque a enorme mudança nos fluxos de fundos será criada à medida que as pessoas mudam seu portfólio de investimentos”.

Enquanto isso, o presidente do Goldman Sachs, David Solomon, disse na teleconferência de resultados que está observando a inflação, o estresse na cadeia de suprimentos, os preços das commodities e como as famílias norte-americanas estão lidando com o aumento dos custos.

“Também vimos um aumento do risco de estagflação e sinais mistos sobre a confiança do consumidor”, disse Solomon. “Essas correntes cruzadas certamente criarão complexidade contínua nas perspectivas econômicas.”

A BlackRock descreveu como os clientes estão lidando com a mudança do cenário econômico e ajustando suas carteiras de renda fixa.

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“Nossos clientes estão tentando entender as implicações do ambiente de investimento em rápida mudança”, disse Laurence D. Fink, presidente-executivo, que apontou a invasão da Ucrânia pela Rússia como criadora de “um choque de oferta em commodities que está aumentando ainda mais a inflação”.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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