Inflação menor reforça aposta em corte da Selic em 2025, diz analista
A expectativa de inflação mais baixa nos próximos anos aumenta as chances de o Banco Central (BC) iniciar o ciclo de cortes da Selic ainda em 2025, segundo Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.
No Giro do Mercado, apresentado pela jornalista Paula Comassetto, a especialista afirmou que a revisão das projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Relatório Focus é positiva para o mercado e para as futuras decisões do BC.
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“À medida que passam essas semanas, vai se tornando cada vez mais provável a gente ter um corte de Selic ainda em 2025”, disse.
Ela destacou ainda o efeito da queda recente no petróleo e a redução dos preços de combustíveis no Brasil, o que tende a aliviar o IPCA.
“Ventilou-se a intenção da Petrobras de reajustar para baixo entre 5% e 10%. Os combustíveis têm um peso relevante no IPCA e isso tende a ajudar na meta de inflação do ano, que pode terminar inclusive no teto da meta”, afirmou.
Na tarde de hoje, a possibilidade se concretizou. A Petrobras (PETR4) anunciou que reduzirá em 4,9% o preço de venda da gasolina A para as distribuidoras a partir desta terça-feira (21).
Atividade mais forte e impulso fiscal
Apesar da taxa Selic elevada, a especialista observa que a atividade econômica tem surpreendido positivamente. Para Larissa, essa leve revisão para cima nas projeções do Produto Interno Bruto (PIB) pode estar relacionada à perspectiva de novos estímulos fiscais.
“A partir de agora pode ser que a gente tenha mais estímulos do lado fiscal para a economia, então isso contribui para uma força positiva do PIB e, diga-se de passagem, também para os lucros corporativos.”
No cenário internacional, Larissa atribui a recente queda do petróleo a dois fatores: aumento de tarifas nos Estados Unidos e dados mistos da economia chinesa.
“Toda vez que a gente fala de tarifa, isso tende a ser uma força para baixo em comércio global e, consequentemente, em crescimento global”, afirmou.
O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais, o momento do ouro e outros destaques corporativos, como a negociação envolvendo Rede D’or (RDOR3) e Fleury (FLRY3). Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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