Banco Central Europeu (BCE)

Inflação na Zona do Euro perto de zero pode levar Banco Central Europeu a agir

29 maio 2020, 9:31 - atualizado em 29 maio 2020, 10:13
BCE Banco Central Europeu
Um aumento das compras de títulos deve reforçar o papel fundamental do BCE na reconstrução da economia de 19 países (ImagemREUTERS/Kai Pfaffenbach)

A taxa de inflação na Zona do Euro desacelerou para o nível mais baixo em quatro anos, o que dá mais motivos para o Banco Central Europeu expandir os estímulo monetários.

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Com a alta dos preços perto de zero e a economia em recessão, economistas consultados pela Bloomberg projetam que o BCE vai aumentar as compras emergenciais de ativos na próxima semana para reativar o crescimento.

A maioria dos entrevistados espera um complemento de 500 bilhões de euros (US$ 550 bilhões), o que elevaria as compras sob todos os planos deste ano para 1,6 trilhão de euros.

Dados divulgados na sexta-feira mostram a taxa de inflação anual em 0,1%. Embora os preços de alimentos tenham continuado a subir com força em meio aos gargalos causados pelas medidas de isolamento, os custos de energia caíram 12%, a maior queda em mais de uma década. O núcleo do indicador, menos volátil, teve alta de 0,9%.

Um aumento das compras de títulos deve reforçar o papel fundamental do BCE na reconstrução da economia de 19 países e afastar preocupações de que uma polêmica decisão judicial na Alemanha limite o escopo de ação da autoridade monetária.

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Também deve manter os juros sob controle enquanto governos europeus discutem detalhes de um ambicioso plano fiscal conjunto.

Projeções econômicas atualizadas podem confirmar a sombria avaliação feita na quarta-feira pela presidente do BCE, Christine Lagarde (Imagem; Reuters/Ralph Orlowski)

Projeções econômicas atualizadas podem confirmar a sombria avaliação feita na quarta-feira pela presidente do BCE, Christine Lagarde, segundo a qual a economia da região pode encolher entre 8% e 12% em 2020, em linha com os cenários mais pessimistas da instituição.

A Itália revisou para baixo a estimativa para o PIB do primeiro trimestre, reforçando o cenário negativo para a região.

As previsões do BCE “cristalizarão a realidade sombria para a zona do euro”, disse Claus Vistesen, economista-chefe para a região do euro na Pantheon Macroeconomics.

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“O BCE usará isso para aumentar ainda mais suas compras de ativos e se comprometer com uma extensão além de dezembro de 2020.”

A maioria dos entrevistados espera que o programa seja estendido até o fim do ano, e todos disseram que o banco central reinvestirá os recursos dos ativos que estão vencendo para evitar um aperto das condições financeiras.

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bloomberg@moneytimes.com.br