Internacional

Inflação no Reino Unido sobe para o maior nível desde o início de 2024, atingindo 3,8%

20 ago 2025, 4:12 - atualizado em 20 ago 2025, 4:12
Reino Unido
Reino Unido tem maior problema de inflação entre as grandes economias ricas do mundo (Unsplash/chan lee)

A inflação do Reino Unido atingiu em julho seu nível mais alto em 18 meses ao subir para 3,8% em relação aos 3,6% registrados em junho, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (20), deixando mais uma vez o país com o maior problema de crescimento de preços entre as grandes economias ricas do mundo.

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Além do aumento na taxa geral, que foi a mais alta desde janeiro de 2024, a inflação no setor de serviços, acompanhada de perto pelo Banco da Inglaterra (BoE), acelerou para 5%, ante 4,7% no mês anterior.

O BoE esperava que a inflação geral subisse para 3,8% em julho, com os preços dos serviços aumentando 4,9%. Economistas consultados pela Reuters, em sua maioria, esperavam taxas de 3,7% e 4,8%, respectivamente.

A libra esterlina subiu levemente após a divulgação dos dados.

O BoE cortou as taxas de juros neste mês, mas apenas após uma votação dividida de 5 a 4 entre os formuladores de política monetária, com o Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) sinalizando que pretende desacelerar ainda mais o já gradual ritmo de redução dos custos de empréstimo devido à persistência da inflação.

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“Os dados de inflação de hoje vai reforçar a abordagem cautelosa do MPC em relação ao corte das taxas de juros daqui para frente,” disse Martin Sartorius, economista principal da Confederação da Indústria Britânica.

“Embora se projete que a inflação diminua no próximo ano, o risco de efeitos secundários significa que o MPC não se apressará em afrouxar a política no curto prazo”.

A inflação no Reino Unido está mais alta do que nos Estados Unidos, onde se manteve em 2,7% em julho, e na zona do euro, onde se espera que permaneça em torno da meta de 2% do Banco Central Europeu nos próximos anos.

Por outro lado, o BoE acredita que a inflação britânica atingirá 4% em setembro, o dobro da meta, e permanecerá acima de 2% até meados de 2027.

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Parte da diferença em relação à inflação de outros países reflete a forma como os preços de energia e outros serviços públicos regulados no Reino Unido. Grandes aumentos nas contas de serviços públicos em abril impulsionaram as comparações anuais de inflação.

O mercado de trabalho relativamente apertado do Reino Unido, que segundo economistas se tornou mais rígido desde o Brexit, também está exercendo pressão altista sobre os preços. O crescimento salarial desacelerou, mas, por volta de 5%, ainda está alto demais para que o BoE se sinta confortável em relação ao retorno da inflação ao consumidor à meta de 2%.

Além disso, empregadores dizem que um aumento de impostos sobre eles em abril e um grande reajuste no salário mínimo os forçaram a aumentar os preços.

Os dados desta quarta-feira mostraram que o maior contribuinte para o aumento da inflação em julho foi o setor de transporte, especialmente passagens aéreas.

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Os preços de alimentos e bebidas não alcoólicas, que, segundo o BoE, influenciam fortemente a percepção pública sobre a inflação, estavam 4,9% mais altos do que um ano antes, o maior aumento desde fevereiro de 2024.

Dados do ONS (Escritório Nacional de Estatísticas) publicados na semana passada mostraram um retrato de uma economia com ímpeto suficiente para manter a inflação elevada. A produção cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre e o mercado de trabalho, embora ainda esteja perdendo empregos, apresentou sinais de estabilização.

Dados publicados mais cedo nesta quarta-feira mostraram que os acordos salariais básicos de empregadores do setor privado britânico permaneceram em 3% nos três meses até julho, pela oitava divulgação mensal consecutiva da empresa de dados Brightmine.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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